Morrendo sem nada saber...
Tenho às vezes a sensação de nada saber.
Desconheço cada vez mais a alma humana.
Talvez por buscar o impossível nas pessoas ou mesmo fantasiá-las.
O fato é que “apesar de”, o homem continua sendo um ser único.
Cada um “funciona” do seu jeito, reage a situações semelhantes das mais diferentes maneiras.
Encontro algum prazer nessa observação.
Primeiro por que posso me considerar única e segundo por que consigo perdoar com mais facilidade as pessoas que me magoam ou me decepcionam.
Nessas horas a leitura e o estudo me aquietam a alma.
Mudo de rumo, escolho outro caminho, sem muita dor.
Deixo, por instantes, de sonhar e começo a pensar.
Como poeta, sensível, volto logo a sonhar.
E assim a vida continua...
Assim vou levando...
Vivendo, aprendendo e com certeza, morrendo sem nada saber.