Terminal.

Eu vejo flashes, faróis, e ouço ruídos,

Motores.

Vivo em slides, minha vida em powerpoint. Ao invés de dormir, pisco, pronto. Próximo slide. Que dia é hoje mesmo?

Hoje; Caminho nas ruas que costumava comprar no Banco Imobiliário.

Milhões de peõezinhos num imenso tabuleiro.

Estações, corredores...Terminal.

Não, não me refiro ao meu estado, ainda não cheguei nesse ponto.

Sete e dez, entre edifícios a rua, o vento frio. Sigo o fluxo, tipo apressado, caminho sozinho como nunca.

Acendo um cigarro (atrás do outro?). Garganta inflamada, corisa, sapatos...

A digital no leitor é minha, mas não reconheço a foto. Passo. Nesses dias mal falo, só o necessário. Mas o desnecessário, vejo agora, também é necessário.

Toda essa ordem irrita. Padrões. Pra tudo.

Todos. Onde estão todos, não os vejo há dias. Como estão, ainda se lembram?

As vezes só queria esquecer, e voltar ao início.

Agora o meio...