Sombras

As suas sombras

são luzes para mim

Entre elas sei onde andar

Onde pisar firme

E onde parar para respirar

Soprar suavemente

Dulcíssimas poucas luzes

A ausência delas, nem me é notada

Subo

Desço

Desço com calma

Sei que esperas

Sei onde chegar

Não pergunto o caminho

Nas suas sombras

Sei o som do silêncio

Ensina-me a compor

Ensina-me a respirar

ensino-te

Essas sombras

Esses olhos ausentes

Esse toque levemente presente

Sincronicidades

Refrões de palavras ecoadas por todas as eras

Eras apenas palavras de outros

De outros e outros

Quero escrever sem fim, pois tudo faz sentido para mim

Sentindo um universo inteiro subo e desço entre as colinas firmes

Entre a nascente da sua garganta, bebo a mais pura e alcalina água

As minhas mãos também sedentas, apoiam-se entre as rochas, apoiam-se firmemente

Como se já estivesse, em um momento mais conflituoso se agarrado ali

Qual o tempo certo, será que vejo certo?

Adriane Neves
Enviado por Adriane Neves em 13/01/2018
Código do texto: T6225306
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