A confusão mental está formada: ao mesmo tempo em que se ouve o incentivo de que se deve ser como se gosta de ser; que não se deve abrir mão, em ser quem se é, em prol de ninguém. Se ouve, também, que não se deve usar batom vermelho de manhã, não se deve usar blusa com brilho à tarde, não se deve usar biquíni fio dental em piscina públicas; que não se deve usar roupas justas e curtas em ambientes de trabalho.
Há milhares de exigências e normas, as quais deveriam ser decisões pessoais, e no entanto, há sempre alguém que está disposto a impor normas desnecessárias.
Se ouve dizer também que não se deve falar. Que sempre é melhor ouvir. Eu creio que aquele que sugere que se faça isso, não está interessado em ouvir, por essa razão enquanto fala, determina que se ouça. Interessante é que o sujeito faz um discurso para tentar convencer os ouvintes de que falar não é de bom tom, que se deve dar preferência a ouvir.
O ideal seria se tornar mudo, jamais surdo.
Aprende-se com os entendidos que, aquilo que se tem para falar é desinteressante, o negócio então é prestar atenção na fala daquele que sugere que se deva viver em função de ser ouvinte.
Há tantas formalidades em se poder ser, quem se gosta de ser.
Na realidade, seguindo as normas de como se deve ser, sobra muito pouco de tudo aquilo que não se poderá abrir mão, em ser quem se gosta de ser.

 
Mari S Alexandre
Enviado por Mari S Alexandre em 22/01/2018
Reeditado em 22/01/2018
Código do texto: T6233415
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