Recebi, ontem, aquele inesperado, telefonema. O que será que ela teria de falar comigo? Decerto, que tenha telefonado para conferir se seria eu ou o meu filho, dono da linha telefônica, quem iria atender.
Na verdade, eu quero que ela  vá para babel. Quero que  se estilhace. Eu não antendi, ou irei atender, seu telefonema, pois não me desperta saber qual é o seu interesse em ligar.
Quando eu notei que ela havia ligado, instantâneamente, eu senti um aperto no peito, acreditando por um segundo, que pudesse ter acontecido algo com  ele.
Sinceramente, eu não quero que nada de mal lhe aconteça. Por mais zangada que eu possa estar, eu quero que ele esteja bem e com saúde.
Espero que o telefonema dela, não tenha a ver com qualquer coisa ruim que possa estar acontecendo a ele.
O meu coração dói, só de imaginar que algo ruim  poderia estar lhe acontecendo.
Creio que, este seja o amor mais puro que se possa sentir por alguém, que um dia foi o grande amor.
Confesso que, ainda, sinto mágoas. Entretanto, evito pensar sobre suas atitudes condenáveis. E com isto, os sentimentos melhores passaram a predominar em meu coração.
Pondero que, é melhor deste modo. Não gosto de nutrir sentimentos ruins. Eu gosto de viver com sabedoria e tranquilidade. Talvez, por essa razão, eu viva tão exclusa da sociedade.
As pessoas, em geral, sorriem quando se encontram e depois de dois segundos começam a falar coisas ruins sobre suas vidas e sobre as vidas alheias. Eu não sinto o menor interesse por estes assuntos. Não sinto necessidade de relatar a minha vida e não sinto disposição para ouvir lamúrias, ou pilherias alheias.
Opto, regularmente, por escrever.
Provavelmente o meu comportamento pode ser diagnosticado dentro de alguma síndrome. Enquanto que, não me sinto metalmente doente em nenhum aspecto. Simplesmente optei em viver a vida com significado e não viver um faz de conta com gosto de realidade insuportável.
Sigo contente.
 

Mari S Alexandre
Enviado por Mari S Alexandre em 18/02/2018
Reeditado em 20/01/2022
Código do texto: T6257265
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