Noite Pálida
Tomo um gole...
espero que a sede logo me trague.
- Tragar, de tragos, não de trazer. Me especifico.
É conveniente para mim esperar por agora,
por que estou triste,
e você sabe bem o por quê.
Respiro fundo,
acanho me os pensamentos,
dessa vez você me deixou mal resolvido.
(Como de costume).
O piano embala a noite pálida,
no céu existe uma lua que não brilha há séculos,
e estrelas intermitentes.
Os prédios abrigam sonhos,
e sonho anseia a queda.
O que é o amor?
Ele sequer existe?
O amor é apenas uma palavra,
ou é algo que você carrega dentro de si?
Estaria eu feliz em achar o amor?
Infelizmente, não se há muito o que fazer,
sentir o copo gelado entre os dedos,
mas a paixão sabotou meu ser,
e dentro de mim só há ruínas,
conveniente seria,
se houvesse um botão de desliga.
Não é poesia,
se fosse, seria dramático, mortal, taxativo e moribundo.
Mas o que ocorre, é que se eu estivesse com ela agora,
estaria feliz, e satisfeito.
Mas quisera eu ter o charme, pra conquistar aquele a quem amo,
mas veja só, eu não tem algum.
E agora me sobra a agonia destinada aos solitários...