O Pára-Quedas e a Polifonia de vida

O momento nos convida a uma reflexão exata acerca da exposição temporária ' os primos e as primas paternas ' no museu imaginário familiar que ficou exatamente três meses nesse museu em belo acabamento. Hoje estarei comentando acerca do Pára-quedas e a Polifonia de vida.

Portanto saindo da realidade do artista da coluna anterior entrando no nuances da vida de um militar em processo de aprendizado em especial exatamente por causa de um importante pára-quedas, bem ele precisou ir para prestar concurso nas Forças Armadas.

Assim para o meu querido primo Marcelo era muito importante ser um militar era um fantasioso sonho de infância que ganhou forças no momento adequado e nas adequações era necessário fazer algumas equações.

Realmente era necessário para sonhar e poder assim viver nesse mundo tão fragmentado e em processo de fragmentação. O sonho nos afasta da realidade do mundo em fragmentação, o sonho de fato é como uma utopia.

Assim o sonho nos qualificar para olhar o longo caminho, ele nos ensina como caminhar e onde devemos caminhar , pode parecer um enorme desafio para todo bom sonhador pois todo sonhador também ganha os ares de um realizador.

Quando alguém sonha tem a função de realizar cada detalhe desse sonho em uma realidade conectada a ele , por isso não basta somente sonhar ou desafiar sua realidade.

Usualmente o sonho é a pedra fundante da polifonia de vida , conforme um pensamento antigo pois a sabedoria advém de terras longínquas conforme diz o crítico literário Walter Benjamin em suas obras e escritos não existem outras formas exatas para falar acerca da polifonia da vida.

E retornando a vida polifônica do militar Marcelo e suas descobertas por intermédio do uso do pára-quedas, as descobertas também fazem parte da vida. Para isso temos os navegadores Cristovão Colombo e Américo Vespúcio isso ainda pouco esclarece a polifonia de vida do militar ou do soldado Marcelo.

Diante dos dois navegadores Colombo e Vespúcio era muito necessário navegar para descobri aquilo que realmente era desconhecido , tinham que sair dos portos, nessa mesma razão motriz do continente americano. O jovem Marcelo precisou sair de casa para aprender a polifonia da vida na prática.

Assim ele passou a incorporar as Forças Armadas como recruta passou por todo estágio que um recruta no exército deve passar , contrariando muitas vezes suas opiniões particulares que ás vezes contradiziam o pensamento de conquistar o sonho.

Sinuosamente a vida de um recruta realmente não é uma coisa simples ou agradável á primeira vista. Lá no quartel o que pode parecer simples você encara com certa dificuldade, pois obedece um sem número de hierarquias distintas.

E cabalmente ele vence essa etapa sofrida e sofrível de um recruta. Segundo o historiador François Dosse compartilha conosco a ideia de que nossa história de vida ou a biografia em geral seja feitas de migalhas do tempo comum onde vivemos, em ações bem simples como andar e caminhar, sugere esse compromisso com a durabilidade da existência.

Ele ainda supõe também que nossa vida seja uns enormes quebra-cabeças a ser montado e alterado passo a passo, em um processo de rotação. E agora anexando as ideias do historiador com as lembranças, talvez ele tenha razão ao usar essa mentalidade e ponto de vista.

As lembranças são como peças de um grande quebra-cabeça que estão separadas umas das outras em locais distantes, em que quando juntas formam o mosaico chamado Vida.

Portanto os acontecimentos em nossas vidas sucedem como migalhas de pães caindo da mesa em efeitos de cascata, esse desmonte da memória facilita o entendimento do mundo, os fragmentos são as conexões fechadas que ainda não encontraram a parte perdida.

O historiador François Dosse, o tecido histórico é feito a partir de fragmentos minúsculos de menor importância e fragmentos gigantescos de grande importância, e esse tecido sempre está acrescentando os fragmentos e assim dando sequência a construção do mosaico.

Legalmente na vida do jovem Marcelo esses fragmentos começavam a se ajuntar de forma harmônica, pois na polifonia de vida era necessário ter por dentro uma certa harmonia.

Inicialmente cada oportunidade de crescer no quartel tipificava assim um fragmento na vida polifônica de Marcelo, mas ainda faltava muitos fragmentos pois o mosaico da vida é formado por muitos fragmentos úteis e também necessários.

Finalmente no horizonte as oportunidades cintilavam como estrelas nos céus as semelhanças com as oportunidades que a vivência no quartel lhe oferecia uma ampla visão da sua realidade.

O jovem militar Marcelo passou todas as vicissitudes necessárias para chegar onde desejava o seu coração, para poder assim ajuntar os fragmentos que ainda estavam faltando em sua vida.

Naturalmente o jovem militar teve que enfrentar todos os processos necessários para se aprender algo, cada fragmento exigia uma forma diferente de compreensão, pois interpretar a própria vida é um jogo altamente complexo.

Ironicamente o jovem Marcelo entende cada desses fragmentos que vinham se acumulando em sua polifonia de vida, a clave que dava sequência as notas altas em novos detalhes bem sombreados. As notas sugerem uma nova aceitação genérica da realidade.

Assim o jovem Marcelo cresceu iluminado pelos sonhos e a fragmentação da vida , pois cada vida é uma enorme mosaico que depende da existência de um sem número de fragmentos parcialmente importantes.

Diante de tantos fragmentos existentes para serem expostos no mosaico, era necessário ajuntar tudo que andava espalhado em diversos locais, dependia de muito esforço e decisão e naturalmente força de vontade.

E cada fragmento tinha a devida importância para estar no seu devido lugar , isso de fato é importante salientar. Se os navegadores Colombo e Vespúcio esperassem no porto e navegassem como deveria não iriam alcançar seu Eldorado.

Virtualmente cada um de nós tem seu próprio Eldorado por descobrir e seu sonho por realizar cabalmente , para o jovem Marcelo era necessário descobri e aprender sobre os pára-quedas tinha lá sua utilidade.

Indicando desconfiança alguma das suas atitudes, semelhante a um rouxinol entre os galhos evitando possíveis predadores, pois a desconfiança atrasa a realização dos sonhos.

Diante de tantas incertezas acumuladas ele segue seu rumo como um jovem que todo seu futuro á frente como dizia o poeta Rilke a seu jovem pupilo aprendiz em suas cartas constantes. As orientações do poeta alemão Raine Maria Rilke esclareciam a beleza da obra poética em si mesma para aquele jovem poeta.

Assim Marcelo pode dar uma certa continuidade aos seus sonhos que são muitos e sempre útil realizar com ousadia cada sonho com certa dramaticidade e tenacidade, bem meu prezado leitor aqui temos um belo conjunto de indicações de leituras que fizeram parte desse texto ser belo e útil para sua vida em consonância com a polifonia , bem a primeira indicação é a obra ' História em migalhas ' do fenomenal historiador François Dosse, depois temos a segunda indicação obra esplêndida ' Cartas a um jovem poeta ' do alemão poeta Raine Maria Rilke e por fim a obra ' A Rua da Mão Única ' do crítico literário Walter Benjamin tenha uma boa leitura.

JessePensador
Enviado por JessePensador em 03/07/2018
Reeditado em 03/07/2018
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