Súplica

Foi assim, tinham razão, o tal do psicológico existe. Pensei estivesse tudo bem, que tivesse passado, não mais me perseguiam, mas eu me perseguia, sempre. Sentimento aflorando, reações físicas normais, tesão de paixão e, bum, ele falhou. Onde fui nesses dias? o que fiz? o que comi? Nada, nada!

Começou a má sensação, o castigo que eu me imputava. Era dor, queimação, ardência, era o proibido, o sem prazer, o só prazer, o sem amor, o só físico, eu crente que estava abafando, como um que chegava e eu dispensava, sim, eu que sempre dispensava, era o meu orgulho, minha vitória, minha vingança, mas era muito mais o meu castigo, a minha dor, o meu sofrimento.

Esperei, ele faltou, não chorei mas senti dor, da rejeição, do só te quero mas não te vejo. És linda, sempre foi, charmosa, dengosa, mulher.

Mas agora vejo, sinto, valorizo, me gosto, quero me amar mas sobretudo ser amada.

Me ama?

NormaBento
Niterói, 24/06/2018.
Norma Bento
Enviado por Norma Bento em 19/09/2018
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