OS PERIGOS DE PENSAR DIFERENTE

Percebo os perigos de pensar de maneira contundente os problemas de nosso meio social e os perigos de ser uma pessoa diferente de uma massa amorfa e condicionada. Percebo nesses dias que se aproximam das eleições, nesses dias conturbados e agitados por tantos protestos, inúmeras pessoas agindo de forma brutal com aqueles que pensam de uma maneira mais coerente, coesa e distinta; e uma profunda hostilidade com aqueles que manifestam as suas opiniões em prol de certo candidato à presidência, partido político, cultura ou ideologia.

Infelizmente, as diversas propostas políticas levam as pessoas a viverem num constante estado de tensão e guerra ideológica. É bem provável que o caos social esteja nos planos de muitos homens que vivem da fraude, da corrupção e da tensão entre diferentes como forma descarada de obterem dinheiro e poder sobre as massas! Conduzir um povo à discórdia, sabemos muito bem, sempre foi rentável para aqueles homens que vivem do comércio que visa a exploração sistemática da natureza e do seu próprio semelhante.

Na realidade, muitos desses conflitos que estamos vivendo poderia ser amenizado se as pessoas se respeitassem mais entre si. Como isso não acontece, ficamos volúveis a uma avalanche de tensões na sociedade.

Certamente, as relações humanas poderiam ser mais harmoniosas se muitos tivessem consciência de que é mais sublime o diálogo com o diferente, o diálogo que visa a amizade, do que a intolerância que sempre dividiu os homens em facções vivendo nas sombras da impunidade e em pequenas seitas com seus segredos e mistérios.

Ora, ninguém é obrigado a pensar distintamente só porque a maioria acha que é melhor, afinal vivemos numa nação que se diz e se juga ''democrática''. E digo mais: ninguém é obrigado a repensar suas ideias só porque uma mídia nojenta, com suas pesquisas fraudulentas e com seus artistas tendenciosos, cujo intento é exercerem influências sobre a opinião pública, diz que é assim que tem que ser feito.Sem respeito pelas opiniões e ideias alheias, qualquer convivência sempre se tornará insuportável.

Então, se estamos num país tão democrático, por que não vivemos como cidadãos que pensam de uma maneira mais democrática? Por que não agirmos como pessoas tolerantes, respeitosas e compreensivas, mesmo sabendo que existem pessoas que defendem ideias que vão contra o que acreditamos? Hoje nenhuma posição política consegue incutir nas consciências o valor do respeito ao próximo; nenhuma consegue transmitir ensinamentos que também abarquem as diferenças. Fala-se demasiadamente em tolerância e respeito; mas infelizmente são raros aqueles que praticam os valores das boas novas proclamadas pelo evangelho redentor de Cristo!

Sem respeito pelas opiniões e ideias alheias, qualquer convivência sempre se tornará insuportável; sem respeito pelas diferenças, viveremos massacrados não só pelo poder da grandes empresas, mas também das minorias com suas pretensões de calar o senso crítico de quem discorda de certas atitudes. Existem hoje instituições mais preocupadas em propagar as suas filosofias que visam o seu próprio benefício do que promover melhoras e boas mudanças na sociedade.E quanto mais forem mantidas essas pretensões sem qualquer escrúpulo e bom senso, uma sociedade inteira irá sofrer com as injustiças.

Eu penso que enquanto houver mais e mais pessoas querendo reinar sobre as demais pessoas através de seu vitimismo doentio; enquanto continuarem existindo, aos milhares, pessoas desonestas que utilizam da promiscuidade para causar escândalo na sociedade em nome do que acreditam; enquanto emergirem pessoas que manipulam informações, fazendo a todo custo prevalecer o que grande parte das pessoas já não podem mais aceitar (no sentido de não poderem mais tolerar os mesmos erros de sempre, ou seja, as mesmas afrontas contra os valores mais nobres e contra a família), aí então poderemos dizer com mais propriedade que vivemos numa verdadeira calamidade social, na eminência de uma barbárie geral e institucionalizada.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 05/10/2018
Reeditado em 10/10/2018
Código do texto: T6468658
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