PARA UMA EDUCAÇÃO SEM MANIPULAÇÃO

Não existe maior prejuízo para a nossa educação do que a doutrinação massiva, ou melhor, do que a manipulação psicológico-comportamental nas escolas, que não faz outra coisa senão condicionar os jovens a aceitarem ingênua e docilmente certas manifestações, ideologias ou práticas culturais (como por exemplo, a ideologia de gênero, entre outras coisas) que muitas vezes vão contra ou entram em conflitos profundos com os seus princípios mais enraizados, mormente aqueles que foram herdados de seus círculos familiares.

Ora, uma educação que não visa a propagação de uma convicção, uma educação que visa simplesmente a produção do conhecimento de uma maneira mais aprofundada, é fundamental para formar jovens com maior senso crítico, originalidade e percepção. Uma educação que promana de uma escola sem partido é a única maneira de dar capacidades para um discente formar ideias próprias, ideias essas que serão tão importantes ao longo de sua formação!

Numa escola é mais essencial a preocupação com o potencial de cada aluno e com a sua formação intelectual e cognitiva, do que a realização de uma militância em sala de aula, a qual tem a pretensão de incutir na sua consciência valores estranhos a sua própria dignidade. Dar condições para que o aluno tenha mais senso crítico, deixando-o livre para formar as suas convicções, é uma tentativa lúcida de valorizar a sua criatividade, a pluralidade de ideias, as suas crenças religiosas e, sobretudo, a sua condição de aluno com direito a um ensino de qualidade.

Penso que o ensino da ética e do respeito ao próximo é igualmente imprescindível para a formação do jovem, muito mais indispensável do que valorizar apenas minorias marginalizadas. Não faz sentido privilegiar apenas um grupo minoritário como se fosse o único digno de respeito e hospitalidade. Não faz sentido reduzir a ética do respeito unicamente a um grupo de pessoas que se dizem ''oprimidas'', como se só elas devessem ser bem tratadas e aceitas pela sociedade; quando na realidade, as oportunidades e as acessibilidades são bens que precisam ser urgentemente direcionados para todos os cidadãos e indivíduos de nossa nação.

Impor ideologias e doutrinas numa escola, cujo intento é transformar consciências em prol de uma agenda globalista, nunca pode ser encarada como educação e sim como uma forma de fazer propaganda de uma bandeira, o que é um grande absurdo capaz de descaracterizar a prática do ensino! A imposição de uma doutrina ou ideologia, ou melhor, a doutrinação ou manipulação que contribui para ensinar muitas pessoas a realizarem discursos incoerentes, repetitivos e sem originalidade, é, portanto, a maior ameaça à liberdade das crianças e dos adolescentes, até porque ficará cada vez mais comprometida a capacidade de desenvolverem espontaneamente as suas opiniões sem qualquer temor de serem julgados como antiguados ou retrógrados.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 06/11/2018
Reeditado em 19/12/2018
Código do texto: T6495907
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