O SÁBIO E O ESTULTO

O sábio, mesmo sabendo, busca ampliar sua sabedoria, pois sabe que ela é infinita.

O estulto, não sabe que não sabe, e se aprofunda na ignorância da ignorância.

O sábio procura distribuir o que sabe, regozijando-se com o aprendizado dos outros.

O estulto enraivecido pela ignorância expele blasfêmias, vomitando impropérios.

O sábio não condena os tolos que não sabem o que dizem e tampouco o que fazem.

O estulto, ou é enganado facilmente ou serve aos astutos em troca de migalhas.

O sábio medita para falar, é paciente para ouvir e muito mais prudente para escrever.

O estulto fala sem pensar, não sabe e não gosta de ouvir, e só escreve bobagens.

O sábio não é preconceituoso, examina tudo e extrai o que se aproveita, até do estulto.

O estulto não gosta do sábio, pois não o compreende e detesta o conhecimento.

O sábio deseja que a tolice seja erradicada da humanidade e que todos sejam sábios.

O estulto gostaria que todas as escolas fossem fechadas, menos as de medicina.

O sábio não consegue encontrar nada que seja mais importante do que a Sabedoria.

O estulto só encontra o que supera a tolice no astuto, que a mistura com a má fé.

O sábio se integra ao espírito da sociedade e ajuda a construir o edifício da paz social.

O estulto se incorpora à desagregação social e ajuda a construir núcleos violentos.

O sábio não amaldiçoa a escuridão; ele acende uma vela para iluminar todo o ambiente.

O estulto tropeça em meio às trevas e rejeita a luz que expõe a sua realidade.

O sábio coloca a sua sabedoria a serviço da coletividade da qual ele é parte integrante.

O estulto coloca a sua ignorância como peso para a sociedade levar nos ombros.

O sábio sabe que sabe, mas está sempre disposto a saber mais até o fim da sua vida.

O estulto não sabe que não sabe, e supõe que não precisa saber de mais nada.

O sábio pergunta: como posso ser útil? Pensando no bem da sociedade como um todo.

O estulto pergunta: como posso aproveitar? Pensando em obter vantagem em tudo.

O sábio junto com muitos sábios e trabalhando em conjunto, constroem uma Nação.

O estulto junto com muitos estultos e trapaceando em conjunto, destroem um país.

O sábio compreende e procura ajudar o estulto, sempre que possível.

O estulto tem aversão pelo sábio, e evita-o de todas as maneiras.

O sábio quando lê e não entende, procura as respostas, e faz perguntas.

O estulto quando lê e não entende, desiste e prefere ficar com a ignorância.

O sábio tem convicções flexíveis, que são alteradas ou substituídas, conforme a sua evolução.

O estulto tem convicções fixas e imutáveis, ele fica estagnado no tempo e no espaço.

O sábio corre atrás de novos conhecimentos e da sabedoria, sem preconceitos.

O estulto julga que já sabe de tudo, e foge das novas ideias que desconhece.

O sábio tem o edifício bem construído e as novidades só o reforçam.

O estulto se apavora com as novidades, que abalam as estruturas da sua frágil construção.

O sábio, ganhando a chave, se tranca no depósito da sabedoria.

O estulto troca a chave por um celular novo, ou entrada no jogo de futebol, ou no carnaval.

O sábio não se apaixona, ele ama, pois a orientação vem do cérebro e é durável.

O estulto se apaixona com facilidade, pois a orientação vem do órgão sexual e logo morre com a libido satisfeita.

O sábio, certamente, irá ler este texto até o fim. Ele se expõe à luz do dia.

O estulto, possivelmente, desistirá logo no começo da leitura. Ele se oculta nas sombras da noite.

Entre os sábios e os estultos, estão aqueles que desejam saber, e estes são os candidatos a sábios, e aqueles que têm preguiça e não querem saber de nada, que são os candidatos a estultos. Geralmente, quando o sábio e o estulto se encontram, por força das circunstâncias, (parentes, amigos do amigo, etc.), entre os dois há muito pouco diálogo, pois o sábio cansa e dá sono no estulto, e este, dá pena e náuseas estomacais no sábio. Quando o sábio fala o estulto fica surdo, e quando o estulto fala o sábio não ouve, e muitas vezes só dá silêncio entre os dois. A plenitude da sabedoria é inacessível aos seres humanos, e a sabedoria parcial não predomina na Humanidade, onde a cobiça, o orgulho, a inveja e o ódio, em poder dos estultos, são os poderosos comandantes do Planeta Terra. A confirmação está na própria história da Humanidade.

Meus cumprimentos e parabéns para Você, que chegou até o final do texto!

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 15/10/2019
Código do texto: T6770166
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.