A era da informação nas organizações

1. A essência da informação

Uma vez que vivemos num torto mundo de muitos universos ímpares, é inevitável que a própria sociedade deixe de promover mudanças e transformações sobre cada elemento de seu meio. Todos estão à mercê do desenrolar de tudo que faz o todo não parar. As organizações também se enquadram neste “todos” que estão à mercê.

Mas o que vem a ser informação?

O conceito de informação deriva do latim e significa um processo de comunicação ou algo relacionado com comunicação. Mas na realidade há muitas e variadas definições de informação, cada uma mais complexa que outra e ajustável a quem a procura. Podemos alegar também que informação é o método que busca o conhecimento, ou, mais simplesmente, informação é tudo o que reduz a incerteza. Um aparelho de compreensão do mundo e da ação sobre ele.

Informação é fato comunicado.

2. O papel da informação nas organizações

Sempre que falamos em informação pensamos logo em computadores e toda a tecnologia que o homem-máquina e a máquina-homem de hoje até agora conseguiram inventar juntos. Está certo refletirmos assim.

Quando perguntamos qual é o papel da informação numa empresa, na verdade queremos saber de que modo esta empresa consegue manusear e vergar este fato comunicado. Então, a pergunta mais coerente e correta seria: como a organização usa a informação?

As respostas são muitas, pois, como já disse, cada ser de nossa sociedade do conhecimento difere um do outro. Porém, genericamente falando, uma organização usa a informação de uma maneira que lhe possa garantir rapidez e satisfação, tanto em seu interior quanto em seu exterior.

Então a informação vem para auxiliar a empresa, em sua missão e seu desafio de existir e fazer jus à sua essência. Como informação também quer dizer comunicação, observamos que quem se comunica bem, atrai; entretanto, quem não sabe se comunicar, afasta. O mesmo acontece com as empresas e sua detenção do saber transformado em informação.

3. O poder da informação no campo organizacional

Pesquisas atuais revelam que mais de 50% das empresas brasileiras quebram em pouquíssimo tempo de vida. Podemos dizer que a causa destas existentes “mortes” lamentáveis é a falta do acompanhamento tecnológico e a deficiência no uso da informação (caso haja tal uso, realmente). Este fato torna-se mais crível e verificável quando vemos que as mesmas estatísticas mostram que mais de 65% das empresas não são informatizadas, ou seja, continuam na informalidade.

A informação tem o poder de reverter este quadro porém, na maioria das vezes, a própria falta de noção da empresa afogada no meio informal faz com que a informação nem chegue perto.

A informação dá o domínio, a posse, a força, a capacidade à organização que a tem, porque ela fornece à tal empresa a possibilidade de ter o controle em tudo o que lhe compete.

4. O que ocorre quando não há informação

Uma organização sem informação não se conhece por completo, não sabe aproveitar o caráter global de seu círculo gestor, empreendedor, financeiro, administrativo etc. É lastimável saber que ainda há empreendedores que desconhecem as propriedades da informação. Acontece que ainda há administradores e donos de negócios que não encaram o fato comunicado como elemento estratégico de engrenagem empresarial e transformador de gestão organizacional; assim eles deixam de buscar sustentação e vitalidade organizacional às suas metas de perenidade no mercado. Suicidam-se sem se dar conta; aos poucos perdem suas próprias empresas, sem notar.

A empresa desatualizada e sem ciência do mundo o qual firma raízes, ignora a idéia de que a informação assume, hoje em dia, uma importância vital e crescente. A organização sem informação não vê a informação ser fundamental a si, em descoberta e introdução de novas tecnologias, exploração de oportunidades de investimento e em planificações de toda sua atividade industrial.

5. Os reflexos do uso da informação

Para um administrador, um empreendedor ou um profissional do ramo empresarial ter a posse da informação e moldá-la sob seus aspectos, basta apenas querer estar ligado com os demais acontecimentos ao seu redor. Logo, os resultados de um ótimo processo de requerimento informacional refletem autoridade, autonomia e identidade perante as demais organizações-titãs a reinarem no século XXI.

Qual empresa não gostaria de ver-se no topo da escala organizacional mundial? A informação mais uma vez atua neste ponto. Mas, da mesma maneira como ela ascende uma organização, pondo-a assim em alto nível, ela causa conflitos implícitos e explícitos entre as empresas.

Claro que estes conflitos partem de um conceito de “guerra santa”, e este mesmo conceito tem de ser sustentado já que nenhuma organização adentra o mercado com a ideologia de não buscar mais espaço. A sadia concorrência mercadológica tem base na exploração da informação. E por quê? Porque para ganhar o espaço que é seu, toda empresa apóia-se no pensamento de que a melhor defesa é o ataque bem formulado. Tal ataque camufla-se na disputa pela informação. É justamente este o significado do correr atrás de informação e desfrutá-la a seu favor.

Nasce e vive deste modo a tão conhecida arte da propaganda e a ciência da publicidade, as quais irão encarregar-se de informar para todos a existência da empresa que apostou nesta forma de comunicação através da informação.

6. O profissional manipulando a informação

Manipular. Esta palavra nos soa um tanto pesada e confusa. Quando ouvimos que alguém manipula algo, logo associamos este verbo com uma imagem de más intenções. Manipulação não constitui apenas isto. Manipular quer dizer manejar, manusear.

Os profissionais que tomam conta de empresas fazem a manipulação das informações todo o tempo. Se as informações também dizem o que acontece dentro e fora de suas organizações, estes profissionais as estudam, analisam e imediatamente (ou a curto, médio prazo) fazem com que elas atuem de forma positiva e acrescente em seu setor administrativo.

Vamos para um exemplo mais simples e inteligível: um administrador tenta ver o que precisa criar para crescer ou não declinar no mercado. Este administrador ficará incumbido de somente estudar o mercado à volta, estudar seus clientes, fornecedores e concorrentes, através de estatísticas e pesquisas diretas ou não, para que ele possa planejar, organizar, dirigir e controlar tudo e, assim, sair da teoria de crescimento e demonstrar capacidade em prática promissora em cima de tarefas, estruturas, pessoas, ambiente, tecnologia e competitividade.

Agora, o que este administrador simplesmente fez? Como um bom pensante, apenas buscou informações e, aplicando outras, fez o seu trabalho. Está aí a manipulação coerente e racional das informações que coalham e multiplicam-se sem cessar.

É claro que, neste mesmo exemplo, se o administrador não avaliasse corretamente as informações em suas mãos e, ainda por cima, não usasse de forma apropriada as informações que seu ínterim profissional carrega, ele nem ao menos conseguiria atuar e mostrar seu papel na organização que comanda, levando-a, talvez, a caminhos piores do que a não-satisfação.

O que vale é: informações bem manuseadas fazem a empresa avançar, informações mal manuseadas fazem a empresa regredir.