Pink Floyd uma viagem em outras dimensões
 
       Não consigo precisar o exato momento em que o Pink Floyd cruzou o meu caminho. Pode ate parecer paranóia, mas às vezes penso na hipótese maluca e mística de que a musica desses caras já existia em mim, assim como algo hereditário. Seria mais ou menos a mesma coisa que você ao dobrar uma esquina ficasse cara a cara com um amor que você sonhou ou idealizou de forma consciente ou inconsciente desde que respira. O que ao certo lhe causaria um imenso prazer e felicidade, mas, ao mesmo tempo lhe causaria também uma sensação de familiaridade devido a uma cumplicidade pré- existente. Sei que isso parece loucura, e que a loucura não se explica apenas se jogo pra fora. Todavia, sobre uma coisa jamais hesitei, a grande banda de rock de todos os tempos para mim é o Pink Floyd. Nenhuma outra banda de Rock penetrou tão intimo e de forma tão poética e lírica nos meus “EUS”... Pink Floyd é a viagem que se faz de pulso aberto, de mente aberta, a lugares surreais repletos de sonhos se dissolvendo e de castelos em ruínas... Pink Floyd é a viagem, cujo itinerário é o produto resultante da mente do passageiro... Daí estar diretamente relacionando a pessoa que a curte ser ou não uma viagem de ida e volta. Tive uns amigos nessa época (mais ou menos inicio de 1982) que embarcaram numa viagem psicodélica pinkfloydiano e nunca mais voltaram...
       Falar do Pink Floyd, não é falar de algumas canções ou de alguns discos, falar de Pink Floyd é reconhecer toda uma obra, repletas de letras que são poesias, que são mensagem, que são imagens surrealistas e que representam uma visão inconformada e atenta de uns caras que reagiram de forma expressiva e original as situações políticas, social e psicológica de sua época.
       Em sua primeira formação em 1966, a banda era composta por Roger Waters, Rick Wright, Nick Mason e Syd Barret que só participou do primeiro álbum da banda gravado no ano seguinte. Barret viciado em LSD pirou e por falta de condição acabou deixando os caras na mão. Roger Waters chamou para entrar na banda o seu amigo do colegial David Gilmour e os dois passaram a dividir as composições da banda desde então. Mas foi no ano de 1973 com o lançamento do álbum “Dark Side of the Moon” que a banda se tornou conhecido mundialmente. Em 1977 é lançado o álbum “animals” e a partir desse disco tornasse evidente um predomínio de Roger Waters sobre os outros músicos da banda. Esse monopólio de Roger Waters sobre os demais chega ao ápice em 1979 com o excepcional, paranóico e brilhante disco “The wall” depois disso uma nuvem negra encobriu o céu pinkfloydiano, e David Gilmour pulou fora. Os anos seguintes foram marcados por disputas judiciais entre Roger e Gilmour para ver com quem ficaria o nome da banda. Gilmour levou a melhor, apartir de 1987 à banda sem a presença de Roger Walter volta a gravar e a fazer shows. Egos a parte, felizmente para os fãs os caras ate o presente momento continuam mandando muito bem. E o meu sonho é ir a um show do Pink Floyd em terras brasileiras. Tenho certeza que seria para mim e para milhares de fãs espalhados por esse Brasil imenso um acontecimento inenarrável...