Paulo e a formação do Cristianismo

Para muitos cristãos a igreja de Cristo tem como fundador o próprio Jesus, já outros dizem que foi Pedro o fundador conforme o que  está em Mateus 16:18:

"Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela"

Muitos não sabem, mas o fundador do Cristianismo foi o apóstolo Paulo de Tarso.

Nascido no ano 5 da era cristã na cidade de Tarso na Asia Menor, hoje atual Turquia.  Paulo é considerado pela maioria dos historiadores como o fundador do Cristianismo. Foi o único evangelizador a levar o cristianismo além fronteiras.  De acordo com Atos dos apóstolos,  Paulo realizou 3 viagens missionárias que ocorreram entre as nações da Ásia Menor e da Europa.  A sua missão era de proclamar a mensagem de Cristo e fundar nesses lugares de evangelização núcleos cristãos. 

Dos 27 livros do Novo Testamento,  14 são atribuídos a ele, embora,  uma corrente de teólogos defende que nem todos foram de fato escritos por Paulo – alguns teriam sido redigidos por seus discípulos após a morte do apóstolo. Para a Igreja todos eles são de autoria do apóstolo.  Esses livros são chamados de cartas de Paulo  ou epístolas paulinas.

A partir da sua conversão Paulo tem a missão de levar a Boa Nova às diversas comunidades.  Já com relação à Jesus nenhum livro do Novo Testamento é atribuído a ele. Jesus nunca escreveu uma só frase. 

O que é muito estranho é que o apóstolo Paulo por ser contemporâneo à epoca de Jesus não sabe nem onde e nem quando  o mesmo existiu. É óbvio que o apóstolo apenas teria dado  continuidade à farsa do mito Jesus criado por rabinos judeus.

Mesmo após a crucificação e morte do mito Jesus  o movimento cristão continuou crescendo. O império romano  sabia que esse movimento  representava um risco à autoridade governamental do imperador. Com isso os cristãos são duramente perseguidos e  mortos pelos romanos. É nesse cenário que surge então figura de  Paulo como um cruel perseguidor implacável dos cristãos,  somente  mais tarde é que ele se converteria ao Cristianismo. Apartir daí  tem início  o seu ministério onde ele começa a defender  a obediência dos cristãos ao opressivo Império Romano, bem como o pagamento de impostos, faz apologia da escravidão, legitima a submissão feminina e esboça uma doutrina da salvação distinta daquela que, segundo teólogos antipaulinos, teria sido defendida pelo suposto Jesus e seus fiéis discípulos.  Enquanto que Tiago e os demais apóstolos exortam que a salvação é pelas obras, Paulo diz que é pela fé.  Veja se isso já não é uma grande contradição.

Na minha opinião o que Paulo fez foi apenas dá uma nova interpretação à farsa do mito Jesus. Podemos dizer que seria o cristianismo como uma nova versão  dessa vez com o propósito de unir a religião com o Estado. 

Na visão do historiador americano Joseph Atwill Jesus Cristo não passa de uma criação da aristocracia romana para controlar as massas. Religião assim como a política sempre foram instrumentos de manipulação nas mãos dos poderosos.

As ideias de Paulo demonstram que ele era favorável à elite dominante.  Vejamos por exemplo o que está presente na Epístola aos Romanos. “Cada um se submeta às autoridades constituídas, pois não há autoridade que não venha de Deus, e as que existem foram estabelecidas por Deus.

Aquele que se revolta contra a autoridade opõe-se à ordem estabelecida por Deus”, escreve Paulo. E continua: “É também por isso que pagais impostos, pois os que governam são servidores de Deus”.

Essa passagem revela que ele estava a serviço das autoridades romanas.  Já o mito Jesus, por sua vez, se insurgia contra as leis de Estado.

Daí podemos chegar a seguinte conclusão: como pode um livro que diz ser a inspiração divina conter tantas contradições? Como pode um apóstolo que dizia ser convertido ao cristianismo deturpar as Palavras de Jesus?

Até o século IV haviam 2 correntes distintas do cristianismo,  aqueles que lideravam os discípulos de Paulo e os seguidores dos apóstolos de Cristo.  Quando o cristianismo tornou-se a religião oficial do império romano, as ideias de Paulo foram incorporadas à doutrina cristã.  E daí a pergunta: Por que elas foram escolhidas? Evidentemente porque representavam os interesses do Estado. O cristianismo foi oficializado como religião do império romano com o propósito de manipular as massas.

De acordo com alguns teólogos e historiadores Paulo deturpou as Palavras de Jesus usando o cristianismo em prol dos interesses do império romano uma vez que o mesmo era romano. Aliás Paulo tinha dupla cidadania: era judeu e romano.

Diante disso o que eu acho interessante é que segundo os cristãos a Bíblia é um livro inspirado por Deus, mas se realmente existisse algum Deus com toda a sua onisciência ele deveria preservar a sua Palavra.  É  por isso que eu sempre digo a Bíblia testifica contra ela mesma.  Não é à toa que  é considerada o melhor livro ateísta que existe do mundo ocidental.