FAGOCITOSE...( com Lorenzo Giuliano Ferrari )

O que me devora

é a vontade de ser livre.

Correr mundos em vôos

e pousos,pensamento.

O que me devora é a

saciedade que não

me basta,fome de

entranhas...

O que me devora,

são os \"nós\",não os

laços que enfeitam a

vida...

O que me devora é

querer mais,é queimar

a mão,e mesmo assim

brincar na fogueira do

desconhecido.

O que me devora

É o fato de ser livre em alma

Mastigar a beleza do mundo

E viver todo o amor impossível

O que me devora

É sonhar descobertas intrigantes

Chorar com sentimentos imensos

Descrever coisas que te atinja.

O que me devora

São nós em mim e ti

Ambos canibais de nós mesmos

Ambos saciando nossa fome.

O que me devora

É ser tão frágil e sensível

Que o mundo assim me devore

E que mesmo servido serei comida.

E sendo alimento,nos confrontamos.

Nossos poros devoram cada centímetro

da vida que não cessa em nos bolinar.

O que me devora é a intensa vontade

de ser chuva,e molhar teus olhos.

De ser guarida e poder recolher-me

em ti.

O que me devora é sentir-me

estranha,na mesma estranheza

que também te consome.

E a fome de ser devorada,

aguça e saliva em mim...

E na colheita de nossos frutos

suculentos,bocas lambuzadas...

Mãos cúmplices,espalmadas.

Satisfeitos?

Feito por Luciane e Lorenzo.

1 e 3 estrofe Luciane

2 Lorenzo

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 04/11/2007
Código do texto: T723044
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