Mahavishnu Orchestra

Despreocupados, simples e simbólicos – esses eram os membros do Mahavishu Orchestra. Era nítida a distinção entre cada identidade ali, tanto sonoramente quanto esteticamente. Isso significa que, cada um de seus instrumentos parecia encaixar-se com o personagem que o portava – como a “Dragon Slayer” do Gutts, ou até mesmo num exemplo da vida real – um carpinteiro e seu serrote. No fundo, aquele grupo impressionava pela sua aparência caracterizando esses membros como títulos grandes, mas nem tanto assim: era como o matemático dos teclados, o artista da guitarra ou o baterista atletista. E isso era o que trazia tanto magnetismo visual, porque era um lance comum que, quando combinados resultavam nessa tremenda generalização de banalidades. A último comentar, e o mais importante: a sonoridade. Suas músicas sem dúvidas remetem a um estado psicodélico, autorizando a banda a proclamar sua identidade no movimento crescente de psychedelic rock do início dos anos ’70 quanto de exímios jazzistas do futuro, a julgar pelo estado infantil do jazz fusion da época. Sua estranheza era de nível monolítico, a ver um exemplo da introdução de “The Dance of Maya” e esse intervalo ininterrupto de alglutinação tonal: modulações constantes, politonalismo e não raro de ver seções inteiras de cromatismo.

Aortic Seals
Enviado por Aortic Seals em 17/06/2021
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