CAPÍTULO 2 – A URNA ELETRÔNICA, E TODO O PROCESSO ELEITORAL, É SEGURA!

Tenho propriedade para afirmar isso com todas as forças. Quando os maiores especialistas e técnicos japoneses observaram todo o processo eleitoral no Brasil, por um momento seus olhos ficaram até mais amendoados. O espanto maior foi com o excesso de segurança que os técnicos brasileiros aplicavam em todo o sistema eletrônico. Tudo para rebater qualquer argumento de pessoas insatisfeitas com essa tecnologia. Penso que essas pessoas perderam muito e não se conformam com a impossibilidade de controle e invasão do voto secreto.

Participei de tudo e conheci todos os meandros de segurança desenvolvidos para manter o segredo do voto e acabar com os tempos do coronelismo e voto de cabresto. Observei o comportamento de eleitores de um município e fiquei escandalizada, mas, por outro lado, aliviada.

Candidatos ao cargo de Vereador montavam bancas em pontos estratégicos. O povo corria de um lado para outro, gritando: Olha! Tem distribuição de dinheiro ali ou acolá. Eram pessoas que vendiam seus votos e deixavam a carteira de identidade como garantia. Muitos desses Vereadores não conseguiram lograr êxito porque o voto era secreto e o documento de identidade que ficava com eles não era garantia de nada. Tudo ficaria mais fácil se o vendedor de voto, tivesse algum comprovante que revelasse para quem ele votou, como outrora foi. Isso foi em tempos remotos e nessa ocasião eu era apenas uma turista.

A lacração de urnas é um evento público, realizado de forma que promotores, juízes, advogados, representantes dos partidos políticos são convidados a acompanhar tudo. E quem já participou deste trabalho, se tiver olhos apertados, vai ficar com eles amendoados. Porque há um exagero de preocupação com a segurança da urna eletrônica.

E durante as coletas de votos, temos votação paralela, sorteio de urnas de forma aleatória para auditoria, a presença constante de fiscais de partidos políticos e, até mesmo os eleitores que são muito ativos nessa vigilância.

O processo eleitoral está envolvido em auditorias internas e externas (observadores internacionais). É leviana qualquer afirmação que, sem prova, diz sobre alguma vulnerabilidade da eleição eletrônica. Não se pode ver boa-fé onde o interesse é egoísta e infantil.

Eu trabalhei duro de 2006 a 2020 junto com tantos outros servidores que também são cidadão brasileiros e movidos pela mesma preocupação a respeito da legitimidade na posse do candidato quando eleito por uma maioria. A transparência de todo o processo é latente e indiscutível; a eficiência é comprovada.

Uma das tentativas com intuito na descrença do progresso eletrônico, foi um teatro disseminado em redes sociais, em que pessoas ilustravam todo o processo com artistas que tentavam dizer que as autoridades não permitiam a participação de ninguém e faziam a apuração em um único computador onde somente uma cúpula participava. Eis uma fake que me deixou muito indignada. Isso é má-fé e perversidade da pior espécie. Obrigando a Justiça Eleitoral gastar ainda mais para atender caprichos de um ser ontológico que usa a sua palavra como se fosse um dogma absoluto. Intensificando ainda mais o investimento com a modernidade e segurança da informação para garantir a integridade, autenticidade e sigilo do voto que comprovaram não haver qualquer hipótese de adulteração ou invasão para derrubar todas essas insistentes ações de má-fé.

Por que insisto que há má-fé e não usufruto de direito à dúvida? Participei de forma presencial e dinâmica das eleições que ocorreram no período de 2006 a 2018. Não foram poucas vezes que presenciei performances de pessoas tentando convencer sobre adulteração de urnas. Em todos os casos, os técnicos de informática, suspendiam a votação daquela sessão específica, por ordem do Juiz responsável, para provar que nada de errado havia naquela urna e tudo não passava de ação combinada com algum candidato inconformado. Essa demonstração era feita na frente dos eleitores daquela sessão, juntamente com o promotor eleitoral e fiscais de partidos políticos. Nunca restou comprovada a assertiva irresponsável de nenhum desses provocadores levianos. Desculpe aí meu desabafo tão insistente.

Calma! Tem mais desabafos de uma inconformada.