Ensaio sobre a ciência pura

Nos mais extremos cantões da sociedade moderna veneram o poder da ciência pura, os seus poderes reverberam na sociedade moderna tanto quanto o dos feiticeiros nas sociedades antigas. Mas a grande diferença entre essas duas formas de se expressar o entendimento humano sobre a natureza jaz no raciocínio que a ciência se utiliza para desmistificar a lógica interna das coisas.

Tendo percebido este imprópério através de extensa busca pela verdadeira essência das coisas e através de um trabalho estenso principalmente na área que me proponho a estudar percebi que a lógica inerente a ciência é, muitas das vezes, elevada ao Olimpo dos deuses e venerada como "ad infitum" a resposta certa, ou talvez a que mais se aproxima da realidade.

O grande infortúnio do ser humano, talvez a dialética explique, é que através do próprio raciocínio lógico inerente à ciência surgem verdadeiras dúvidas sobre a sua convicta vitória "ex ante" proclamada por cientistas obtusos que amalgamando-se em suas específicas áreas acabam perdendo o poder de entender a completude do universo tão presente no pensamento dos filósofos.

Existem uns que proclamam impropérios contra esses filósofos da ciência, que amigavelmente tentam explicar as estruturas desta arte de pensar, mas existem outros que os veneram como verdadeiros entendedores, sagazes um pouco, da complexa sistematização da ciência. Uno-me aos primeiros não por concordar com suas convicções que para mim são ainda piores, mas por discordar da mecha de cabelo que os impedem de enxergar a verdadeira completude do universo e se abstem assim de ir mais fundo em suas explicações e unem-se com a mediocridade dos cientitas através de verdadeiras fórmulas idiossincráticas para justificar o grande mal da humanidade moderna, ou pra os eloquentes "sociedade pós-moderna".

Mas quando me refiro aos filósofos tenho em mente as pessoas esclarecidas que buscam entender as verdadeiras conexões entre a ciência e que, abaixo a cabeça e adimito, talvez sejam impossível de serem alcançadas pela limitada mente humana.

Mas outra coisa é me render e me esconder no mais profundo buraco cavado por Prometeu e com uma pequena lamparina tentar enchergar todos os pontos do universo mesmo que com a mais profunda penumbra e através do escopo enchergado proferir para a humanidade: Sentem-se ao meu lado e escutem o que tenho a lhes falar, a verdade jaz neste livro que trago nas mãos, abaixem a cabeça que agora vos direi a verdade. Não!