OPINIÃO PESSOAL (identidade e literatura)

Inicialmente, relutei em publicar a entrevista – está escrito: “Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm, todas são lícitas, mas nem todas edificam” (1 Coríntios 10:23).

Existe tanta gente por aí “aproveitando” oportunidades “para promoção pessoal”; que pensei (de forma interrogativa): apresentar aspectos da vida particular (alguns podem ser interpretados como canalhice) trará algum benefício para outras pessoas?

É complexo sentir–se um servo de CRISTO, levantado para proclamar as Boas Novas do Reino de DEUS sem que as pessoas possam fazer destinção entre os que amam o privilégio de ser um servo de DEUS e os que buscam as luzes da fama se fazendo passar por “servos”.

A Bíblia não se resume num pensamento “isolado” – contém orientações sobre o projeto de implantação do Reino de Deus aqui na terra.

ELE é SOBERANO e usa até mesmo vasos “tortos” para cumprir os SEUS desígnios (isso inclui a existência em seus inúmeros aspectos);

é impossível desfrutar paz interior e perspectivas de um futuro melhor, sem buscar em primeiro lugar, o Reino de DEUS e SUA justiça (Mateus 6:33).

O Altíssimo DEUS – ONIPOTENTE, ONISCIENTE e ONIPRESENTE – deverá ser o centro de nossos pensamentos, palavras e atitudes práticas.

É necessário desenvolver (no dia–a–dia) os valores do Reino de DEUS.

Por isso não é tão simples viver como alguém transformado pelo poder de DEUS (o ser convertido ao SENHOR JESUS CRISTO).

Geralmente as pessoas limitam a vida espiritual aos momentos de exercício religioso “dentro de uma igreja” – a Palavra de DEUS define a vida cristã como algo permanente, que está além do tempo e do espaço.

Existe uma idéia que, a vida cristã seria apenas uma lista de NÃOs – não beba, não fume, não adultere, não mate, etc.

Entretanto, a questão do pecado é mais complexa do que se pensa: PECADO É QUALQUER COISA QUE FAÇA SEPARAÇÃO ENTRE NÓS E O DEUS ETERNO, independente de "prejudicar" o próximo de forma "visível" - isso inclui o que se faz contrário à vontade de DEUS e o que seja da vontade de DEUS e não se faz.

Está escrito: “Pois qualquer que guarda toda a Lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos” (Tiago 2:10).

Portanto, a Bíblia não deve ser compreendida como “a lei do não posso”.

O pecado acontece por pensamentos, palavras e ações – DEUS conhece até mesmo os pensamentos e intenções do coração.

Está escrito: “Todos pecaram e carecem da glória de DEUS” (Romanos 3:23).

A Palavra de DEUS não orienta ninguém a levar uma vida dupla ou múltipla (com atitudes espirituais apenas dentro da igreja, mas com atitudes não espirituais em casa, no trabalho, nas ruas, etc. – especialmente, desonrando pai e mãe).

Por outro lado, também não orienta que se deva “impor” os valores do Reino de DEUS às pessoas que não concordam conosco.

Está escrito:

“Vós o sal da terra; ora se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor?.

Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.

Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte;

Nem se acende uma lâmpada para colocá-la debaixo da terra, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa”(Mateus 5:13–15).

Analisando meus conceitos e valores à luz da Palavra de DEUS; refletindo sobre os motivos pelos quais estava planejando publicar a entrevista no Recanto das Letras, compreendi que algumas das informações pessoais serão úteis para que (outras pessoas) possam avaliar a seriedade com que está sendo tratada cada questão, cada problema, cada possibilidade, cada idéia publicada no site.

Creio que, os textos que publico, estão divulgando (através da internet) os valores da cultura cristã, conforme a vontade de DEUS.

Está escrito:

Em 1º lugar – “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5:16).

Em 2º lugar – “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” (1 Coríntios 6:12) – considerando–se ainda que está escrito: “Fazei tudo para a glória de DEUS” (1 Coríntios 10:31 b).

Em 3º Lugar – “Porque a boca fala do que está cheio o coração” (Mateus 12:34).

Portanto, desfeitas as barreiras para falar um pouco sobre mim, diante de uma platéia fictícia – aproveito a oportunidade para desmistificar o papel do cristão na história humana, através de respostas claras sobre diferentes assuntos que poderiam fazer parte de perguntas (sobre mim) na mente de muitos leitores dos textos que, com freqüência, publico no www.recantodasletras.com.br .

POR QUE O NOME fchagass?

Iniciei a vida de “escritor” com o nome Chagas Santos.

Entretanto, existia um homônimo com o endereço eletrônico; solução acrescentar a letra F no início do nome: fchagas.santos@ig.com.br .

Preenchi o cadastro no Recanto das Letras, simplificando o nome: fchagass.

UM pseudônimo a mais no “mercado” editorial?

Não. Apenas alguém que gosta de ler e de escrever – usando isso para aprender a caminhar junto com outras pessoas.

Quem é você?

Um brasileiro natural de Salgueiro (Sertão Central de Pernambuco).

Cinqüenta anos de idade (desde fevereiro / 2008).

Residente e domiciliado em Garanhuns (Agreste Meridional de Pernambuco).

Servidor Público da Administração Indireta em Pernambuco.

Escritor, Teólogo e Pastor Presbiteriano.

Estado civil?

Casado, há 27 anos, com Cleide (a primeira namorada); pai de Pâmella Mirelli e Péricles Vinicius.

Por que Escrever?

Conforme pesquisas confiáveis, o brasileiro não gosta de ler. Por outro lado, falta patrocínio da iniciativa privada e falta uma política cultural pública para apoiar e estimular os pequenos escritores independentes.

Contudo, quando os fatores acima são colocados num plano secundário, é possível entender que escrever não é um fim em si mesmo; antes é um poderoso instrumento de luta em favor de uma vida melhor.

Assim, escrever é uma forma de expor meus conceitos e valores com o objetivo de “aprender a caminhar junto” com outras pessoas, a fim de somar esforços na construção de um futuro melhor, de uma sociedade melhor.

Qual é sua experiência como escritor?

Desde a infância, sendo um leitor assíduo de revistas em quadrinhos e romances da literatura brasileira, desenvolvi a habilidade necessária na arte de escrever – muitos encontram dificuldades para produzir um texto (mesmo quando simples); minha necessidade foi no sentido de aprender a sintetizar as idéias de modo que, poucas palavras fossem suficientes para comunicar (de forma clara e objetiva) as idéias mais complexas.

Em 1989, publiquei o primeiro livro – Gozai Por Nós; em 1991, o segundo livro: Gozai de Novo – em ambos os livros, desenvolvo uma visão crítica da sociedade através de uma coletânea de anedotas.

Em 1997, publiquei o terceiro livro: Um Oásis No Deserto da Existência e, em 2002, publiquei o quarto livro; Antes Que Seja Tarde – os dois últimos, com uma visão bíblica da sociedade.

Qual o maior obstáculo para publicar um livro?

Continua sendo a questão financeira – não existe interesse da iniciativa privada, nem existe política cultural da iniciativa pública destinada aos pequenos escritores.

Patrocinar a publicação de um livro não influirá nos lucros de uma empresa; nem capitalizará votos para um candidato a cargo eletivo.

Sendo a literatura uma “estrada espinhosa”, por que andar nesse caminho?

Parece contraditório observar que:

1º) A população brasileira lê menos do que a população de nações de menor destaque no cenário mundial.

2º) Falta interesse da iniciativa privada, em desenvolver o estimulo pela leitura ou produção literária.

3º) Falta interesse da iniciativa pública, em desenvolver uma política cultural que venha a estimular pequenos escritores.

Ao mesmo tempo, a produção e o comércio de livros e revistas, crescem constantemente.

Há alguns anos, algumas pessoas arriscavam o palpite de que a produção de livros estava “com os dias contados” – entretanto, o livro eletrônico ainda não emplacou nem dá sinais de que isso acontecerá num curto espaço de tempo.

Assim, a literatura não é uma estrada espinhosa. Se houver algum escritor decepcionado com as dificuldades enfrentadas na produção literária; certamente, pensava que o objetivo da publicação de um se resume em vender os livros e alcançar a fama como os astros da música projetados pela “mídia”.

Qual seria o objetivo principal e o objetivo secundário DE SUA produção literária?

Em primeiro lugar, falar sobre os valores do Reino de DEUS.

Em segundo lugar, somar opiniões com as pessoas que estão trabalhando para aperfeiçoar a sociedade onde estamos inseridos, para influenciar o meio (no bom sentido) além de suas fronteiras.

A arte de escrever, da mesma forma que a arte da leitura, desenvolve no ser humano a capacidade de pensar – como disse o filósofo: “Penso, Logo Existo”.

Nesse sentido, escrever seria uma espécie de sacerdócio?

Sim. Escrever é um projeto de vida – não seria possível continuar esse projeto na dependência de que os amigos e colegas “irão comprar para ajudar”.

Parece uma idéia dura, mas funciona como uma espécie de “peneira” – para desenvolver no autor a necessidade de superar a si mesmo como produtor de idéias ou como alguém que se preocupa com a qualidade do que produz.

Se o autor tiver em vista que os amigos e colegas “irão adquirir o livro para ajudar”, poderá ser tentado a escrever algo de qualidade inferior ao seu potencial. Disse Monteiro Lobato que “um país se faz com homens e com livros” – entendo que com homens que pensam e que escrevem livros que levem outras pessoas a pensar em participar da construção de uma sociedade menos injusta.

Por que “sociedade menos injusta” e não, simplesmente, “melhor”?

Porque as pessoas são levadas a avaliar a vida, os lugares, as pessoas ou situações, a partir de como estão no momento.

Quando nos referimos a “sociedade menos injusta” será mais fácil comprenderem que, apesar de coisas boas, existe muita injustiça por aí. Por outro lado, apesar de muita violência, desrespeito, etc. ainda existe uma esperança.

Quando a referência é a uma “sociedade melhor”, quem estiver na pior, pensa: “se estivesse em meu lugar, veria a realidade”; quem estiver na melhor, acha que outras pessoas reclamam a toa, porque a vida é uma maravilha – às vezes, essa pessoa está na melhor porque algum “pistolão” deu uma ”mãozinha”.

Exemplo: na época do Presidente José Sarney, “alguém” pediu uma audiência para reclamar alguns direitos da sociedade, e o presidente, apresentou um “retrato” tão “bonito” do país que esse alguém saiu afirmando: “porque reformas? está tudo tão bem!”

O presidente Lula, na época do PT dos 13 pontos, estava em um extremo. Hoje, está em outro extremo oposto. O ponto de equilíbrio entre os excessos de esquerda e os de direita deixaram de existir?

Independente de recursos financeiros próprios (você diz que não teria), independente de patrocínio (você afirma que possíveis patrocinadores tiram o corpo fora) sua produção literária acontece. Existem planos para novos livros?

Sim.

Estamos. dois livros concluídos – a 2ª edição de Um Oásis no Deserto da Existência e a 1ª edição de Prenúncios de Esperanças.

Existem outros dois livros em fase de conclusão – “De Volta ao Oásis Muitos Anos Depois” e “Memórias e Instantâneos da Terra Onde Nasci”.

Além do projeto em andamento (para os próximos dois ou três anos) sobre o tema: “A Sociedade Pós–Superficial”.

Questionado se fchagass seria um pseudônimo a mais no mercado editorial, você afirmou ser “alguém que gosta de ler e de escrever”.

Em relação ao “gostar de escrever”, é possível comprovar isso, através de 04 livros publicados, artigos e mensagens (publicados ao longo da vida) e dezenas de textos publicados no Recanto das letras, desde outubro de 2007.

E quanto ao “gostar de ler”, como comprovar, se na prática, você vive o que afirma?

Os textos referidos podem (também) comprovar o gosto pela leitura.

Seria improvável abordar e abrir espaço a uma saudável reflexão, acerca de diferentes questões, sem consultar o que existe publicado por outros autores, em todas as épocas, em diferentes regiões geográficas.

Você não estaria “pegando uma carona” ao se deixar influenciar por outros autores?

Não.

Aproximadamente 80% do que está publicado no Recanto das Letras, foi (por mim) produzido especificamente para o site.

Em minha produção literária, inúmeros textos foram extraídos da Bíblia Sagrada, mas, cito a referência e jamais faço isso por fazer, mas para demonstrar que não estou interessado em afirmar ou reafirmar posições pessoais, mas, para enfatizar o que é melhor para a sociedade.

Por outro lado, muitos escritores afirmam que foram influenciados por autores do passado ou do presente. Quem “pega carona”, não permanece com fôlego de ir muito longe – no meu caso, iniciei como crítico social “pegando caronas” em anedotas contextualizadas e passei ao estilo evangélico. Se fosse uma “carona” simplesmente para “aparecer”, jamais teria fôlego pra permanecer na ativa como escritor, desde o final dos anos oitenta.

Sua produção literária estaria vinculada ao gosto pela leitura?

Sim.

É impossível falar sobre alguma questão na história humana, sem noção do assunto.

Deus criou os seres humanos com a capacidade de raciocinar, não apenas para diferenciá–los de outras espécies – mas para que, através da observação possam cooperar com ELE na administração da vida (incluindo o meio–ambiente) onde estão inseridos.

Portanto, através da leitura, do estudo, da aplicação do que foi assimilado da leitura, é possível cooperar com o Criador na melhoria da qualidade de vida.

Quem não gosta de ler, dificilmente conseguirá escrever alguma coisa que possa influenciar o meio onde está.

Como desenvolver (em alguém) o hábito pela leitura?

Não existe uma fórmula mágica, nem um padrão específico. Cada um desenvolve o seu próprio ritmo de leitura.

Entretanto, uma coisa é certa: é necessário que cada pessoa encontre um motivo porque LER – de livre e espontânea vontade.

É pouco provável alguém chegar onde não queira chegar. De forma semelhante, é improvável que alguém desenvolva o hábito pela leitura, fazendo disso uma coisa saudável – sem um motivo para isso.

Um exemplo prático: Um elevado percentual de estudantes, do Ensino Fundamental, afirma “não gostar de Matemática” descartando a possibilidade de superar as dificuldades com a disciplina que é a base das Ciências Exatas.

Resultado: O fraco desempenho escolar durante o Ensino Fundamental e Médio; e inúmeros obstáculos para obter êxito em concursos vestibular ou disputando vagas no mercado de trabalho.

E existe alguma solução para estimular, especialmente nos mais jovens, o gosto pela leitura?

Sim.

Contudo não pode ser uma ação isolada – é necessário uma política cultural que estimule a produção literária e valorize o hábito da leitura, especialmente na classe que está na base da pirâmide social.

Ao mesmo tempo, é necessário questionar alguns costumes: Por exemplo, a população como um todo, afirma não crer em horóscopos – por que continua habituada a ler, freqüente?

Por que, o caderno de esportes ou a página policial desperta mais interesse nas pessoas do que as Orientações sobre economia e qualidade de Vida?

Por que Existe um interesse tão grande pelo caderno com o resumo das novelas?

Por que, até mesmo pessoas que afirmam ser importante desenvolver hábito da leitura, não estão preocupadas em ser um bom exemplo?

O que pode ser considerado um bom Livro?

Depende. Um bom livro em que sentido?

É provável que para necessidade humana exista algum “manual” ou periódico sobre como resolver a questão em “10 lições”, etc.

Por isso, definir o que é um bom livro, não é tão simples como parece. Portanto, se faz necessário gostar de livros ou conhecer quem goste (ou pelo menos entenda do assunto).

Você poderia indicar bons livros, de acordo com a necessidade?

Considerando–se que sou um teólogo, conheço a Bíblia como leitor e como expositor de suas doutrinas.

É o livro mais necessário em nossos dias, considerando-se que:

Em 1º lugar, não trará problema algum conhecer o seu conteúdo através do exame pessoal – não há contrai – indicações;

Em 2º lugar, sendo um teólogo, sou responsável pela divulgação, exposição e estímulo à sua leitura.

Em 3º lugar, a Bíblia deve ser conhecido por todos (a vida toda), independente de sexo, cor da pele, status social, opção religiosa, nível intelectual, econômico, etc. especialmente porque é como o “manual do fabricante”.

É A ORIENTAÇÃO DO CRIADOR AO SER HUMANO, INDEPENDENTE DE ÉPOCA OU LUGAR.

Está escrito:

“O que a mim me concerne (diz respeito) o SENHOR levará a bom termo (resultado);

A TUA misericórdia, ó SENHOR, dura para sempre;

Não desampare as obras das tuas mãos” (Salmos 138:8).

AGORA, COM RELAÇÃO A OUTROS LIVROS, é importante considerar as orientações abordadas na resposta da questão anterior.

Chagas dhu Sertão
Enviado por Chagas dhu Sertão em 22/07/2008
Código do texto: T1091930
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