UM GATO EM APUROS

INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO MAROLANO

Eu tenho a nítida impressão de que, antigamente –sei lá, na época dos meus ancestrais, é ancestrais mesmo que vocês falam?- era muito mais fácil ser gato. A coisa era mais simples, entenderam? Gato andava na rua, revirando latas, espreitando os fundos das casas, só esperando alguma situação propícia que permitisse levar certa vantagem e abocanhar um rango razoável. Afinal de contas, surrupiar é da nossa natureza, não é que gostamos de ser assim. Simplesmente não temos escolha: o rango tá lá, dando sopa, ninguém olhando, e pronto: a gente surrupia mesmo. Quero ver enquadrar algum de nós no Código Penal. Não temos escolha, ué, fizeram a gente desse jeito. A diferença é que vocês nunca verão um gato levando propina na cueca, ou empregando parente, ou dizendo que não sabe de nada. Porque a gente assume: se alguém nos apanha no meio da ação, a gente sai correndo, não fica por aí dando entrevistas mentirosas ou contratando advogado. Telhados também eram muito procurados, para a natural reprodução da espécie. Pelo menos, antes do início da E.C., a terrível Era Castradora...

Obrigado pela leitura! Gostou? Quer ler mais? Então acesse o blog do Marola:

http://umgatoemapuros.blogspot.com

Um abraço!

Benilson

Benilson Toniolo
Enviado por Benilson Toniolo em 06/08/2009
Código do texto: T1740129