Opinando e Transformando -Adilcilene A. Ferreira – pseudônimo Dill Ferreira

Breve Currículo: Dill Ferreira nasceu em Caiapônia Goiás, em 11 de julho e reside há mais de 20 anos em Rio Verde, no mesmo estado. Graduada em Administração de Empresas.

Escritora dos gêneros romance e infantil, Dill Ferreira possui 07obras publicadas. Seu primeiro livro “Casamento por Aparências” (da série Aparências) recebeu o prêmio Interarte Goiás, como um dos melhores romances do ano de 2012.No ano de 2014 tornou-se NEO Acadêmica da Academia de Letras de Goiás. Em 2016 recebe o troféu Cora Coralina, como um dos destaques em literatura, no ano de 2015.

Em sua opinião, o que é cultura?

É o saber, dentro do considerado bom, sobre as riquezas de uma nação, seus costumes e valores.

Ter consciência da história de um povo, de uma civilização e compreender a necessidade de preservar essa história o quanto for possível.

Você se considera um difusor cultural?

Um pequeno difusor, sim. A literatura é um imenso distribuidor cultural e como faço parte dela creio que a represento e distribuo, dentro das possibilidades que nos é dada.

Qual é o seu papel neste vasto campo da transformação mental, intelectual e filosófica?

Penso que seja o de instigar e fazer com que os leitores tenham mais e mais fome pela leitura, pelo conhecimento que a escrita propicia aos que tem o hábito de ler. Nós escritores temos a “responsabilidade” de informar e colaborar para uma sociedade mais pensante e consciente.

Como você descreve o processo de aculturação, ao longo da formação da sociedade brasileira? A cultura liberta ou aprisiona os indivíduos?

Eu o descrevo como uma evolução. O brasileiro é feito de diversas culturas então não há como não sermos aculturados. É claro que viver a base de outras culturas não é positivo pois nos torna sem uma característica nossa. Mas ao longo de nossa independência temos sim conseguido mostrar nossa própria marca/cara.

Somos a prova concreta de que a cultura liberta. Infelizmente somos ainda aprisionados a um sistema que não valoriza questões sociais e humanas, o que deixa claro que, a cultura quando bem programada e colocada como prioridade só tem a fortalecer e libertar uma sociedade.

Que problemática você destaca na prática da difusão cultural?

O fato de uma cultura menos positiva ser predominante a outra que tem muito mais a dar. É preciso estar atento ao que é transformado, para que ao invés de evoluir uma sociedade consiga-se o contrário. Vemos na literatura acontecer uma certa difusão. Brasileiros deixam de escrever sobre sua sociedade para falar de outra, o que considero negativo para nossa cultura

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Comente sobre o espaço digital, destacando sua importância no cenário cultural brasileiro e mundial?

Esse é um meio que veio para somar. Então não há dúvidas de que ele é positivo. Torna uma obra nacional, que poderia jamais sair do território brasileiro, em sua forma física, lida em todo canto do planeta.

Essa modalidade amplia as possibilidades de nossa literatura, tornando a escrita mais acessível e crescente a nível mundial. Em uma sociedade como a nossa que valoriza tanto o digital é muito bem-vindo. Somos um dos maiores utilizadores desses recursos e sendo vinculado a cultura, ao ler, é extremamente satisfatório.

Qual mensagem você deixa para todos os fazedores culturais?

Que temos um papel social e pessoal a cumprir, então precisamos estar dispostos a fazer cultura e não somente falar e fazer a já existente.

Sabemos que nossa caminhada e extensa, pois valoriza-se muito pouco a cultura no Brasil. Mas não podemos nos deixar ser vencidos, porque todos temos a ganhar quando uma sociedade torna-se mais informada e conhecedora.

Grande abraço literário a todos!

Dhiogo J Caetano
Enviado por Dhiogo J Caetano em 12/07/2016
Código do texto: T5695394
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