Opinando e Transformando: Caroline Albuquerque

Nome:Caroline Albuquerque

Breve Biografia: Pesquisadora em Moda e sua relação com a História, Memória e Cultura, atua principalmente na área de ensino e produção de figurinos e adereços para espetáculos. Especialista em História Cultural: Imaginários, Identidades e Narrativas/UFG (2015), possui graduação em Design de Moda pela Universidade Estadual de Goiás (2009). Como instrutora atuou no Projeto Agente Jovem lecionando Eco-Design (2008) e participou do projeto Fica Itinerante: A construção da Cena Goiana, através do qual atendeu 10 municípios goianos com a oficina de construção de objetos cênicos em Eco-design. Junto ao SENAI Ítalo Bologna, ministrou aula para o Curso de Aperfeiçoamento Figurinista (2013-2014). Integrou equipe de produção artística do Centro de Estudos e Pesquisas Ciranda da Arte/SEDUC (2012-2014), onde desenvolveu projetos de figurino para espetáculos da casa, bem como, implementou o projeto de Reestruturação do Acervo de Figurinos e Adereços (2014); Participou no NEPEC- Núcleo de Estudo e Pesquisa em Economia Criativa (2014-2015), através do qual ministrou palestras sobre a temática ligada à atuação em Design em eventos acadêmicos na Faculdade Cambury (2015). Participou da seleção para o reality "Como Manda o Figurino" representando Goiás, Rede Globo- Fantástico (2014). Premiada por melhor Figurino e Maquiagem do espetáculo “Cora Coralinha”- Cia. Sala 3, no FIT 2016. Fundou o projeto de economia criativa BTF&A- Banco de Talentos de Figurinistas e Aderecistas de Goiânia e Região (2014) pelo qual realiza e mantém ações ligadas ao rastreamento e cadastramento de profissionais, bem como, fornece consultoria e formação técnica nesta área do Vestuário dentre palestras, oficinas e cursos.

Quer conhecer mais dos trabalhos de caracterização da Caroline? Acesse seus canais:

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Em sua opinião, o que é cultura?

Tudo isso que vem embutido e é construído diariamente nesta memória de ser. Seja como forma de expressão, na tradição de um ofício, de um valor ou alimentação.Tudo isso que faz parte do nosso cotidiano e nem prestamos atenção.

Você se considera um difusor cultural?

Sim, me considero!

Qual é o seu papel neste vasto campo da transformação mental, intelectual e filosófica?

Dividir meu conhecimento e conectar pessoas. É o que mais gosto de fazer. Creio que a cultura só vai prosperar e se expandir como consumo se cada um da área fizer um pouco disso para além do seu círculo social, de maneira ampla.

Como você descreve o processo de aculturação, ao longo da formação da sociedade brasileira?

Consigo ver o reflexo da supra valorização do que vem de fora seja da cidade ou do país, como herança desse processo e que até hoje persiste. Em questão de prestígio quanto ao que é produzido culturalmente na cidade isso fica evidente para mim, muitas vezes, quando surpreendo quem me pergunta se tem teatro em Goiânia, e eu digo não só tem como acontecem espetáculos todos os dias, de domingo a domingo para todos os gostos e bolsos e, prédios teatrais vários pela cidade. E em nossa formação escolar, vejo uma precariedade quanto à inibir o indivíduo como formador de opinião e até mesmo de pensar possibilidades de carreira profissional que não seja como proletário, não somos formados para pensar como empreendedor.

A cultura liberta ou aprisiona os indivíduos?

Acredito que liberta. O que aprisiona são os discursos de quem você escolhe seguir. Mas eu mesma não tinha acesso a espetáculos, cinema estrangeiro, exposições... então tudo soa meio estranho, esquisito, sem sentido até. Conforme você vai degustando por si só alcança um senso crítico (que é diferente de gosto) e isso é libertador e empodera a razão sobre o que se passa ao seu redor.

Que problemática você destaca na prática da difusão cultural?

O egoísmo que vejo ao não compartilharem eventos que não são seus. Vagas de trabalho que não vão ocupar. Até mesmo contar o material usado e onde comprar. O que é realizado é para o público, então que seja pública esta difusão das ações culturais como um todo. Plateias vazias me incomodam muito, principalmente em eventos gratuitos, acho um absurdo. Se não é divulgado a notícia não chega a quem precisa daí num tem sentido mesmo. É um comércio sem comprador que vai à falência.

Comente sobre o espaço digital, destacando sua importância no cenário cultural brasileiro e mundial?

Acho que é ao mesmo tempo o remédio e o veneno. É incrível ter acesso fácil e gratuito a livros e conteúdos de estudo que antes, mesmo em uma biblioteca, eu não tinha. Mas o lado ruim é que com tanta informação tão rápida, e em grande quantidade ninguém lê a postagem. Vejo as pessoas perguntando nos comentários informações que estão contidas na publicação, como por exemplo, qual o horário, o telefone... daí você olha na imagem publicada e tá lá descrito bem grande, rsrs! Fico pensando se com coisinhas bobas tipo essas as pessoas não prestam atenção, que dirá o que estão realmente guardando de informações mais sérias.

Qual mensagem você deixa para todos os fazedores culturais?

Compartilhem mais conhecimento e realizem. A cidade antes de ser do governo é minha, é sua é nossa. Vamos ser cidadãos e cuidar do que é nosso sendo agente de realização e não de reclamação.

Dhiogo J Caetano
Enviado por Dhiogo J Caetano em 07/10/2016
Código do texto: T5783977
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