TERCEIRA CONVERSA ENTRE FÁBIO BRANDÃO E RICHARD FOXE

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Richard - Pelo que pude acompanhar na mídia, parece que a pandemia no Brasil continua semeando lutos com a mesma força de antes. A seu ver o que não fizeram e o que é para ser feito urgentemente nessa situação tão dramática?

Fábio - No momento em que estou respondendo esta pergunta, o número de mortes aqui no Brasil já havia ultrapassado a triste marca de 190.000 vítimas. Infelizmente, nosso representante quis seguir o exemplo do Senhor Donald Trump que, no entanto, perdeu ás eleições para Joe Biden. Os americanos parecem estar encontrando o bom senso e o equilíbrio mental, o brasileiro ainda precisa tomar esta atitude. Pouco, ou quase nada, tem sido feito. Parece está havendo uma queda na média de mortes, mas ainda, não é o momento de relaxarmos. O que precisa ser feito é o básico determinado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mas, nesse caso, não culpo só o governo brasileiro, a população também é relapsa nesse sentido. Deixo também uma pergunta, a Europa está enfrentando uma segunda onda do coronavírus, segundo informações que recebemos por aqui! Como você, que vive nesse continente está enfrentando esta situação?

Richard – Pessoalmente continuo tomando os mesmos cuidados básicos de sempre, mas a situação geral vai piorando rapidamente. Depois da melhora de maio, tanto o governo central como os locais não tomaram nenhuma medida oportuna apta a enfrentar a onda outonal cuja certeza havia sido atestada por todos os cientistas. Atualmente o número percentual diário de falecimentos na Itália é superior ao do Brasil. Pois bem de quem é a culpa? Ela deve ser dividida entre o Governo, os governadores e até os prefeitos que, tanto pela inércia, como pelo temor de tomar medidas impopulares não agiram em tempo chegando até a obstacular aquelas iniciativas que deviam ser implementadas com a máxima urgência possível. Por exemplo, já desde março se sabia que faltavam dezenas de milhares entre médicos e enfermeiros, mas o nosso Ministro da Saúde assinou o edital somente no dia 20 de Outubro, tarde demais para contratar esses profissionais em tempo hábil. Outro grande problema é o dos transportes e, enquanto os coletivos continuam lotados, mais de 40.000 ônibus de turismo permanecem parados nas garagens. Quando chegou o outono e os casos de Covid voltaram a subir, um jovem empresário, especializado em frete de coletivos, escreveu a 735 prefeitos oferecendo esse tipo de condução com motorista, mas sabe quantos responderam positivamente? ZERO! O fato é que aqui os ônibus urbanos pertencem a sociedades municipalizadas e os prefeitos não querem perder esse monopólio.

Quanto à eleição de Biden, os cotidianos italianos de direita dizem que houve fraudes. Você concorda?

Fábio - Não creio nisso não. Esta teoria conspiratória é estratégia do Trump. Uma parcela considerável dos americanos estava extremamente insatisfeita com ele, que não correspondeu ao esperado pelo povo que o elegeu. Trump é um tipo estranho, grotesco e incompatível com o cargo que exercia de líder da mais importante nação do planeta. Infelizmente, mesmo tendo perdido ás eleições, ainda tem muitos que se identificam com ele, já que a diferença do resultado que favoreceu Joe Biden foi mínima. E você? Enxerga conspiração e fraude nesse resultado?

Richard – Sim, Fábio, a fraude existe e foi comprovada, mas não foi contra Trump, e sim contra Biden. A mídia internacional não deu muito destaque a essa notícia, mas acontece que mais de trezentos mil votos por correspondência estavam faltando, talvez perdidos nos centros de distribuição e provavelmente nunca serão contados. Mais de 80.000 deles foram postados em estados disputados, o suficiente para influenciar o resultado final. O escândalo abalou os correios americanos (USPS), controlados pelo governo federal e agora acusados porque suas deficiências podiam ter tido um impacto no resultado das urnas, já que a votação "remota" favoreceu o candidato democrata Joe Biden em vez de Donald Trump. Desde junho, o USPS é liderado pelo polêmico financiador do Partido Republicano e leal a Trump, o Diretor Louis DeJoy: o sujeito foi processado por causa do novo desastre. Um juiz federal ordenou que os inspetores postais revistassem doze centros que atendem a quinze estados, em busca dos votos perdidos. DeJoy ignorou a ordem com o apoio do Departamento de Justiça, fiel a Trump. O magistrado, Emmett Sullivan, definiu “chocante” o comportamento de DeJoy e disse que "alguém terá que pagar" pelo que aconteceu. Naturalmente, mais uma vez, os populistas dizem que Trump foi vítima dos esquerdistas, mas parece que o povo americano quis castigar o “tycoon” pela sua arrogância e o negacionismo sobre o problema do Coronavírus. A esse propósito, como você julga a postura dos negacionistas?

Fábio – Confesso ter passado despercebido esta informação dos trezentos mil votos, fui buscar estas informações. O correio americano alegou ser inviável cumprir a determinação do juiz pelas buscas desses votos perdidos. Não me surpreenderia tal atitude. Trump é aquela espécie de homem público que joga qualquer cartada para não deixar o poder. Ele deixa no ar a falta de lisura alheia que na verdade é dele. Esse negacionismo vejo como uma jogada política sórdida, uma irresponsabilidade e um crime contra a humanidade. Deixo uma pergunta: como você imagina o desdobramento disso tudo e até onde Donald Trump pode ir para desqualificar esta vitória, legítima, de Joe Biden?

Richard – Trump mostrou ser totalmente desprovido de ética antepondo o seu egoismo aos interesses nacionais, uma atitude insana que me fez lembrar dos últimos dias de Hitler quando, trancado no seu bunker em Berlim, não quis aceitar a realidade e continuou infligindo sofrimentos sem fim ao seu próprio povo, obrigado-o a combater sem a menor chance não digo de vencer, mas pelo menos de salvar a vida. Felizmente Trump, embora soberbo, não é doido como o ditador alemão e, aos poucos, terá que engolir a derrota, porque dificilmente a Corte Suprema dos Estados Unidos poderia reverter os resultados do pleito. Bom, mudando de assunto, como falei em guerra, gostaria de saber de você se, na sua opinião, as guerras são sempre eventos execráveis ou se, em certos casos, a guerra pode ser justificada. Em outras palavras, tinha razão Gandhi quando dizia que a Grã Bretanha devia opor resistência passiva ao avanço das tropas hitlerianas, ou estava certa Cecília Meireles que, apesar de ser pacifista, achava necessário acabar com a ditadura que havia desencadeado uma guerra mundial?

Fábio - Confesso que demorei em responder esta questão não por causa da falta de tempo que estou tendo no momento e sim devido à complexidade da questão. Acho que a sede de poder exacerbada tem preguiça de soluções pacificas. Por mais que se levantem argumentos justificando a guerra, sempre vou achar que um caminho de ponderação e diálogo vai trazer efeitos menos dolorosos e menos sangue inocentes serão derramados. Para mim guerras são sim eventos execráveis. Pode até parecer uma visão romântica minha, mas não consigo ver a guerra como um caminho inevitável. Pode ser evitável sim. Sei que é difícil, sei que o coração do homem é o grande causador das maiores catástrofes da humanidade.

Richard – Com certeza as guerras representam as piores tragédias da humanidade e por isso a diplomacia deve trabalhar com afinco para estabelecer o diálogo quando os oponentes sejam líderes dotados de bom senso e ponderação. Nesse caso os conflitos podem ser evitados. Todavia, quando se trata de ditadores, os esforços diplomáticos raramente levam a uma solução pacífica. Em 1939 Hitler queria conquistar a Polônia e de nada adiantou a política de appeasement de França e Grã-Bretanha. Na mesma época, Stalin agrediu Polônia, Lituânia, Letônia e Estônia, e invadiu a pacífica Finlândia que não teve outra opção se não se defender. Atualmente o presidente chinês Xi Jinping declarou repetidamente que, antes de 2050, Taiwan deverá voltar a fazer parte da República Popular da China, com qualquer meio (inclusive a guerra). Como os 24 milhões de habitantes dessa ilha não tem a menor intenção de passar a viver sob um regime ditatorial, decerto irão justamente se opor com a força às pretensões do regime de Pequim. Para terminar, gostaria de saber a sua opinhão a respeito das armas nucleares e o que pensa dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki.

Fábio – Vi estes bombardeios em Hiroshima e Nagasaki como uma das maiores tragédias da história da humanidade nessa era moderna. Vi a absurda ganância dos Estados Unidos de querer o controle mundial. Os americanos sempre possuíram esta soberba, mesmo que com isto muitas vidas de inocentes sejam destruídas. Nesses períodos de ataques a estas duas cidades cerca de 170 mil pessoas morreram em Hiroshima e 80 mil em Nagasaki. Mortes causadas pelo efeito de queimaduras, venenos radioativos e outras lesões que foram consequências dos efeitos da radiação. O Japão, diante de tantos ataques, se viu obrigado a assinar um acordo de rendição em 02 de setembro de 1945, dando fim à segunda guerra mundial. Admiro a capacidade que o Japão teve de se reerguer em tão pouco tempo após passar por todas estas tribulações e se tornar uma das nações mais bem sucedidas do planeta em vários aspectos econômicos e tecnológicos. A ocupação dos EUA no Japão durou até 1951. A partir de 1952, o Japão tornou-se novamente um país “independente”. Richard, não conclua ainda este debate, coloque sua posição sobre estes acontecimentos desde o começo até o desdobramento...

Richard – Para responder de forma oportuna, necessito fazer duas considerações importantes. A primeira diz respeito ao fato que o Japão imperial, liderado por um governo fascista, agrediu a pacífica China já no início dos anos ‘30 do século passado gerando entre 6 e 8 milhões de vítimas, principalmente entre a população civil. Em dezembro de 1937 as tropas japonesas ocuparam a cidade de Nanquim provocando a morte de quase meio milhão de pessoas, inclusive de inúmeras mulheres e crianças, estupradas, torturadas e assassinadas por pura diversão (veja o filme “John Rabe”, de 2009, interpretado por Ulrich Tukur). Contra os Chineses foram usadas armas biológicas (bacilos da peste) e gás asfixiante, enquanto os prisioneiros, de ambos os sexos, foram queimados, decapitados, empalados, sepultados vivos e esfolados de forma tão monstruosa que até os observadores alemães, aliados dos japoneses, definiram o Exército Japonês como sendo “uma máquina bestial”. Em dezembro de 1941 o Japão atacou, sem sequer declarar o estado de guerra, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, bombardeando Pearl Harbour, invadindo Hong Kong e Singapura onde até as enfermeiras da Cruz Vermelha foram violentadas. Em seguida foi à vez das Filipinas onde as tropas americanas, pegas de surpresa, foram derrotadas e transferidas num campo de detenção durante a que foi definida a Marcha da Morte. Cerca de 30% dos prisioneiros aliados pereceram pelos maus-tratos nos campos de concentração japoneses e houve até o caso da famigerada Unidade 731 que, com a desculpa de efetuar experimentos médicos, amputava sem anestesia braços e pernas dos prisioneiros americanos. Estima-se que o número total desses experimentos diabólicos passe de 3.000. Em resumo, os crimes perpetrados pelos japoneses ultrapassam, por quantidade e crueldade, até os cometidos pelas tropas nazistas na Europa.

Quantos aos bombardeios das cidades nipônicas, eles haviam começado já em 1942 e, a partir de fevereiro de 1945, 1.200 aviões americanos atacavam incessantemente os centros industriais inimigos. Na noite de 9 de março de 1945 a capital Tokyo sofreu um bombardeio que provocou 185.000 vítimas: mesmo assim, o governo militarista japonês não tinha a menor intenção de se render. Quando os Marines ocuparam a ilha japonesa de Okinawa, dezenas de milhares de civis preferiram, ou foram obrigados, a se suicidar: isso mostra o tamanho da determinação japonesa de não ceder aos americanos. O Governo dos Estados Unidos estimou que a conquista do Japão teria provocado um milhão de baixas entre suas tropas e dezenas de milhões de vítimas entre os civis japoneses. Sem contar que boa parte da China e a totalidade de Indochina, Tailândia, Coreia e Indonésia, ainda estavam sob ocupação de tropas acostumadas a considerar a rendição como um ato de covardia; isso ia significar o extermínio de inteiras populações seguido pelo suicídio dos soldados. Foi portanto necessário fazer com que a ordem de rendição partisse diretamente do Imperador, ao qual todos deviam obediência absoluta. Embora os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki possam ser algo de terrificante, representaram a forma mais direta para acabar com o conflito porque, finalmente, o imperador Hirohito aceitou a capitulação das Forças Armadas.

Bom, Fábio, falar de todos esses horrores me abalou profundamente, por isso, gostaria de mudar de assunto e abordar o mais nobre dos sentimento, o amor. Não apenas o amor entre um homem e uma mulher, mas do amor mais amplo, como o que existe dentro duma família, entre pais e filhos.

Fábio - Richard, então me dê sua percepção sobre a questão do amor e, como estamos em época de Natal, período em que as pessoas ficam mais emotivas, acho que falar desse altruísmo é interessante. Como colocar tudo isto em prática?

Richard – A meu ver o amor é o verdadeiro alimento da alma, mas, de regra, ela recebe apenas algumas migalhas, por isso raramente conhece o seu autêntico sabor. O amor é também uma flor delicada que necessita de nutrimento constante e esta flor cresce somente num ambiente propício, feito de carinho e de doação recíproca; entretanto – infelizmente - na maioria dos casamentos não há verdadeiro amor, mas possessividade, ciúme e outros venenos. Visando evitar essa situação, um passo importante é não procurar um homem ou uma mulher perfeita, pois o amor não requer perfeição. Uma pessoa amorosa simplesmente ama porque o amor é uma função natural, mas as pessoas que buscam a perfeição não são amorosas de forma alguma. Na maioria dos casos, quando um homem ama uma mulher ou uma mulher ama um homem, surgem as pretensões: cada qual pretende que o(a) parceiro(a) seja perfeito(a) e, destarte, as pessoas começam a fingir. Entretanto, ninguém tem o direito de exigir nada de ninguém e se uma pessoa recebe amor, deve ser grata por ser a destinatária deste amor porque a outra não é obrigada a amá-la. Sendo assim, em vez de pensar em como receber amor, devemos começar a dá-lo e esse propósito se concretiza unicamente no respeito da liberdade do outro, da sua realização, na expansão de sua luz interior, na felicidade de ver o outro viver segundo as inclinações da própria alma, porque o verdadeiro amor não significa possuir, mas ser capaz de se alegrar pela felicidade do parceiro.

Quanto aos filhos, os pais que não conheceram o verdadeiro amor só podem fingir, podem falar de amor dizendo: "Filho, nós te amamos muito”, mas na verdade não sabem amar e a maneira como tratam seus filhos costuma ser ofensiva e desprovida de qualquer respeito. Frequentemente a criança não é considerada como uma pessoa, mas como um problema. Se a criança fica quieta e não altera a rotina cotidiana, tudo bem, mas não se pode falar em amor verdadeiro quando os pais vivem na expectativa de que o filho se comporte conforme os desejos deles e/ou da sociedade, porque só nesse caso ele será aceito e não chantageado. Então, para se tornar merecedor, o filho começará a fingir e perder qualquer senso do seu valor intrínseco; destarte, o autorrespeito vai sendo perdido e aos poucos o sentimento de culpa do filho vai crescendo. Em prática, o que é que um filho pode fazer para se tornar um ser capaz de amar de verdade? O primeiro passo é se livrar definitivamente das vozes dos pais dentro dele mesmo: no momento em que isso acontece, ele se torna livre. Pela primeira vez, haverá compaixão pelos seus pais, caso contrário, não. Trata-se de um trabalho difícil, duma tarefa árdua que não pode ser concluída em um instante, mas chega um dia em que o jovem se torna verdadeiramente adulto, ou seja, quando não precisa mais de se agarrar aos pais e aprecia a solidão, gosta de viver sozinho e se sente feliz. Esta solidão, que os orientais chamam de “segundo nascimento”, não quer dizer isolamento, mas significa espiritualidade e meditação.

Fábio, desculpe se foi prolixo, mas deu a vontade de esclarecer um pouco esse meu pensamento. Agora é a sua vez…

Fábio - Suas explicações a respeito do amor ficaram tão perfeitas, que fiz um esforço para não ser repetitivo. Mas, não tem como não endossar cada palavra do que foi dita acima. O amor para mim é desprendimento, sem é claro, nos anularmos. Acredito que amar seja mais fácil do que possamos imaginar. Abrirmos mão do nosso egoísmo em várias questões é um caminho para amarmos melhor todos que fazem parte de nossa convivência. Seja o amor entre cônjuges, pais e filhos, outros familiares, amigos, etc... O amor pode ser praticado em muitas situações do cotidiano onde podemos exercer nossa paciência, compreensão e empatia pela necessidade do outro. Amamos quando respeitamos coisas simples do dia a dia quando, por exemplo, respeitamos o lugar de uma pessoa idosa no transporte publico, não subestimando ninguém por classe social, raça ou opção sexual. Entendendo a necessidade desse amor e colocando tudo isto em prática, fazemos a nossa parte. O mundo vai continuar imperfeito, mas vamos conseguir melhorá-lo um pouco. Richard, para encerrarmos este debate, o que espera de 2021?

Richard - Isso mesmo, Fábio. O amor, além de não custar nada, nos proporciona aquela satisfação, aquela alegria interior que nenhuma riqueza ou posse material pode dar. Passar a amar de verdade é aquela que eu chamo de conversão, totalmente desligada de qualquer credo ou religião. Espero que o 2021 marque o fim da pandemia e a retomada da economia com a criação de dezenas de milhões de empregos. Muito lhe agradeço por ter participado a esse terceiro bate papo que encerro lhe desejando um ano novo repleto de paz, luz e muita saúde.

Fábio – Suas expectativas Richard, são minhas também. Além disso, quero que os negacionistas entendam que o coronavírus nada tem com questões políticas, é questão de saúde pública da humanidade. Já é difícil presenciarmos tantas mortes, o mundo e a economia em geral desmoronando aí vêm pessoas querendo negar o obvio e batendo de frente contra soluções apresentadas como a vacina que está prevista para chegar nos próximos meses. Quando vier, estarei de prontidão para tomar a minha e esperançoso para que tudo acabe logo. Feliz ano novo, para você, sua família e nossos amigos recantistas… Um abraço e felicidades.

NOTA: Esta entrevista se encontra também na minha escrivaninha em forma de E-livro, enriquecida com umas imagens.

Richard Foxe e Fábio Brandão
Enviado por Richard Foxe em 29/12/2020
Reeditado em 11/01/2021
Código do texto: T7147022
Classificação de conteúdo: seguro
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