BRUMAS DA ALMA
 
 
ABAB CAC DEED FGF GHHG
 
CANZONETO
 
Amanheceu em brumas calada
Em tristeza dia sem cor sem florir
Qual uma alegre encantada fada
Sem sonhar em pranto a sorrir.
 
A dor também chora sem gemer,
Calada sem derramar lágrima,
Só em suspiro secou suave a jazer...
 
De que serve em brandura apalavrar
Prantos que rolam em silêncio n’alma,
De pronto serve o trato em palma,
Terra adormecida se faz cavar e lavrar.

É um nó que aperta
se gritar ninguém ouve
só a poesia desperta

 
Um nó que sufoca a garganta o coração
Se gritar nada ouve o silêncio me aprouve
Grita o pensamento difuso não houve,
Até a poesia escondeu-me a inspiração.