ESTRANHA CORRIDA

Apressada a vida passa,
passa por mim, nem me vê,
eu, aqui, rogando a graça
de ser vista por você.

Bela é a árvore do Ipê.

Pergunto a mim mesma porquê
o tempo vira fumaça,
não para, se vai sem demora,
tem pressa, está sempre a correr.

Eu vejo passar a hora...
Já vi, meu destino é sofrer.




Estilo criado por Ana Lúcia S Paiva


 

Atendendo ao convite da
poetisa Nina Costa para participação
no Sarau Literário Virtual.