UM SINEIRO DA MATRIZ, EM MASSAPÊ

UM SINEIRO DA MATRIZ, EM MASSAPÊ.

(Anos 50 e 60)

A Santa Igreja Católica

Tem um VIP funcionário.

Seu trabalho é tocar sino,

É importante e é diário.

Em domingo ou Dia Santo,

Ele vai ao campanário.

Na minha terra, o Sineiro

Era o mesmo Sacristão;

Querido, amigo de todos,

Jeito digno e bonachão,

Chamava-se Ribamar,

Respeitado cidadão.

Convidei-o a testemunha,

Do meu simples casamento.

Ele, então, tocou sinal

De defunto, num lamento...

Fiquei triste, amedrontada,

Foi um descontentamento!

A Cerimônia, ao meio-dia...

Ele não fora culpado.

O sinal fúnebre estava,

Pra naquela hora, marcado.

Compreendi e o perdoei,

Estava tudo explicado.

Ele estava sempre ali

Em outras ocasiões,

Nas Missas dominicais,

Novenas e Procissões,

Com um toque alegre, festivo,

Para alegrar multidões.

Era assim, o Ribamar

Nosso amigo Sacristão.

A voz do sino vibrava

Conforme a ocasião.

Fiel e muito feliz,

No seu trabalho e Missão.

*

Maria de Jesus Araújo Carvalho.

Fortaleza, 25/11/2018.

Maria de Jesus
Enviado por Maria de Jesus em 25/11/2018
Reeditado em 25/11/2018
Código do texto: T6511763
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