breve história do corpo e do gosto

só há gosto porque gosto do desejo de te ter como 1´corpo em fôrma nua de tanta obsequiosa expectativa

ou em vistas para 1´gosto sabor frio espinhal,

aquele corpo com gosto ocre de tamanha pele arredia´quase tardia quase sem gosto de corpo há quase em sê-lo para mim.

1´gosto fugidio de corpo abandonado, orfão de gosto a se tornar:

fusione de uno

aquele 1´que quando há vários encerrados em corpo é feitiço de 1´só

gosto

mas ainda sim há gosto no tal corpo quase em fuga

como há corpo no gosto sentido de paladar quase´picante

horizontes verticais em

desabamentos infames de tanto

corpo em duo

2gostos.

mesmo idos há gosto em corpo

com poucas chances de vida a ser

(mas há 1´gosto sem gosto em corpo sem lua

corpos sem gosto de vinho, sem safra

indefinido por natureza no gosto da terra

sem vinhedo próprio, território para existir

desse gosto sem corpo sem gosto,

eu não quero)

somos próprios

em gosto puro em cada taça de corpo

derramado em pouco tempo escondido

de gosto em corpos sem territórios

illicita

quase GPSinsano

então há corpo com gosto

de fuga

gosto em equação vespertina

em mistura de2

vertidos em ser

devir de cado gosto em corpo

a se fazer novo

em corpo de outrora que é.

(abertura)

mas ainda, não há gosto sem corpo,

eu afirmo

tampouco corpo sem gosto

quando se perde sua história

de beijos de ambos

1`beijo no tempo

que goteja gostos em corpos com nomes

a ampuleta que nos deixa sem tempos

para sermos

existência´agora.