Diáfano
 
Por mim passa
luz e sonho...
Que transparente esvoaça
 
feito bruma vazada
pelo vento tristonho,
sereno da alvorada...
 
mostrando a alma
q’em versos componho
e no ar espalma...
 


 





Contradições
 
Tenho em mim
toque de santidade,
aura de querubim.
 
Meu lado profano
é grande verdade,
não um dano.
 
Mudo de repente
sem muito alarde,
corpo e mente.



 





“Desabrochar”
 
“Então tu, florescida”
traz a primavera;
rosas vermelhas, amanhecidas
 
depois do inverno...
planta tua quimera
num amor eterno...
 
em cálidos carinhos...
Ah! Eternidade quisera...
Mas existem espinhos...


 






Relembro
 
Na fresca manhã
buscarei a menina;
pomo da romã...
 
Meu frenético vento!
Tempo que alucina...
Ser mulher tento.
 
E colho flores;
Versos à surdina
lembram velhos amores...


 





“Transe”
 
Feito lua- mar,
perca nos marulhos,
pensamentos a divagar...
 
Feito orvalho- sol
sem muitos arrulhos
faça sol bemol...
 
Em êxtase grite;
valem tantos barulhos
que amar permite...



 






Sonhadora
 
Liberta e esvoaçante,
eis a voar
a alma inquietante.
 
Cheia de nostalgia
feito o luar;
da primavera, magia.
 
Uma luz vívida;
sonho a sonhar;
mas tão perdida!...
 


 



Olá queridos amigos recantistas, ando sumida porque tem momentos que ainda me sinto de luto por meu pai e ainda tem essa pandemia que acaba com o ânimo da gente e está demorando a passar.  Hoje quis vir aqui revê-los um pouco, mas vou sumir de novo , pois vou na roça visitar e ajudar meu irmão. Mas volto logo... Para vocês deixo mais uma série de Medianeiros. Espero que gostem.
IMAGENS: @by Google