O LEÃO E A FORMIGA

O leão era dono da floresta. Assim ele achava. Rugia bem alto de forma que todos os animais até os mais confins da floresta ouviam. Era um urro ensurdecedor. De tão forte que era que até uma formiguinha, no mais profundo subsolo podia ouvir.

Neste momento todos os animais da floresta faziam uma reverência ao grande rei. E ele, parecendo ter faro para descobrir todas estas coisas tinha certeza de que estava sendo reverenciado.

Estava a formiguinha tão absorvida em seu trabalho que levou um susto. O susto foi tão grande que ela foi ejetada para fora do formigueiro.

Caiu na terra e saiu rolando por sobre as folhas secas de uma planta espinhenta. Enquanto debatia para sair daquela prisão não conseguiu se posicionar corretamente para reverenciar ao grande rei.

E o leão, que de tudo sabia, ficou sabendo daquela desobediência sem limite.

Tomou rumo pela floresta em busca daquele que o desafiava.

Chegando próximo ao ninho da formiga quase não acreditou que aquele ser insignificante havia se atrevido quanto à sua autoridade.

– Como ousa me desafiar, ser ignóbil – rugiu o leão.

– Senhor, perdoe-me pela ousadia, mas o Senhor ruge muito alto e me assustei – disse gaguejando.

– Suma de minha frente, poderia com um sopro destruí-la – e continuou – jamais se apresente novamente sob os meus olhares.

Para surpresa da formiguinha, o leão a olhou com desdém e foi embora.

A formiguinha retornou para o seu formigueiro, bastante decepcionada.

Passaram alguns dias. A formiguinha ia andando tranquilamente e deparou com o leão. O leão estava cabisbaixo. Ela resolveu observar mais de perto.

– O que há rei da floresta? – perguntou.

– Estou muito triste com minha floresta – e continuou – todos tem medo de mim.

– Sim. É verdade. O seu reinado é um fracasso. Sei o segredo do sucesso, mas como sou insignificante não poderei ajudá-lo – falou a formiguinha humildemente.

O leão pediu perdão à formiga por, um dia, ter sido tão arrogante.

– Poderia por favor me ensinar esse segredo? – pediu educadamente

– Venha para o meu mundo e eu lhe ensinarei como se governa – convidou a formiga.

E assim o leão fez. Desceu no centro do formigueiro e aprendeu o valor do trabalho coletivo, do respeito pelo outro.

MORAL DA HISTÓRIA: Nada melhor do que um dia após o outro.

NEUZA DRUMOND
Enviado por NEUZA DRUMOND em 03/10/2018
Reeditado em 04/10/2018
Código do texto: T6466990
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