A FLOR E O CRAVO

A Flor morava no jardim. Havia algum tempo andava muito brava com um Cravo vermelho que se achava maioral. Ele desfilava sua cor ostentando o tom forte como a dizer:esse sou eu.

A Flor era tímida mas possuía um cheiro admirável. Seu cheiro incomodava o cravo que estava sempre reclamando e com ojeriza daquela flor atrevida que fazia seu cheiro ser mais perfeito que a cor que ele próprio ostentava.

E, assim viviam descontentes esquecendo de aproveitar as suas qualidades.

No tempo corrido da vida os desentendimentos eram constantes.

Um dia a flor reclamava, outro dia o cravo reclamava. Sempre a observar vivia um beija flor. Ele no seu discernimento compreendia a perfeição de cada um dos envolvidos no fato e numa tarde ensolarada resolveu intervir.

- Oi cravo, ja observou os olhares da flor para o senhor? - começou - percebeu o quanto ela o admira? - concluiu.

Essa fala do beija-flor deixou o Cravo inquieto. Será que seu sentimento seria de admiração, mas que não conseguia se expressar?

Enquanto o cravo ficava matutando as palavras do beija-flor o beija-flor foi ter com Flor.

- Oi Flor, já percebeu o quanto o cravo a observa? - assim iniciou a conversa - viu nos olhos dele uma admiração sem fim? - finalizou a conversa.

A flor ficou pensativa. Nunca havia parado para pensar mas realmente ela admirava o cravo.

A flor e o cravo escolheram uma tarde para conversar. Conversa vai, conversa vem se perceberam como amigos. Quanto tempo haviam perdido com bobagens. Reataram a amizade. Passaram a conversar longamente pelas tardes ensolaradas.

A vida para a Flor e para o Cravo, ficou mais leve, mais divertida, mais feliz. Isso observava o beija-flor que de longe ficava olhando.

Moral da história: É preciso aceitar o outro.

NEUZA DRUMOND
Enviado por NEUZA DRUMOND em 18/10/2018
Reeditado em 18/10/2018
Código do texto: T6479347
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