O Macaco espertalhão

O Macaco espertalhão

Em reunião os bichos discutiam quem entre eles seria capaz de proteger o seu habitat e a eles mesmos, quando o bicho preguiça disse.

- Tem de ser ágio e habilidoso.

A anta gritou:

- Tem de ser feroz.

Foi ai que o macaco pulou no meio e discursou:

- A dona onça é linda, é ágio, habilidosa e é a mais feroz dos animais que vivem na Amazônia, é justo que ela use suas habilidades para proteja a nossa floresta tropical e todos os animais que nela vivem.

Como o discurso do macaco foi convincente e recheado de elogios a dona onça se viu prestigiada e nem se quer questionou a grande responsabilidade lhe conferida, de pronto disse:

- Para proteção de todos, eu aceito.

A bicharada aplaudiram euforicamente a decisão.

Não demorou para a dona onça ter que agir. Homens destruindo a floresta e matando animais, ainda tinhas animais comendo outros, era tanta confusão que a dona onça não tinha sossego.

Um dia a senhora onça tinha acabado de assustar uns caçadores e voltava pra toca cansada e faminta, quando olhou para o alto, lá estava o macaco bem sossegado e deitado na copa de uma arvore comendo tranquilamente um cacho de banana. Então disse a senhora onça:

- Seu macaco você pode me ajudar a procura comida?

Estou muito ocupado dona onça, quer saber? Você é um animal muito rápido, pode encontrar comida rapidamente, a senhora não necessita de minha ajuda. Respondeu o macaco.

- Seu macaco eu estou cansada, é muita coisa pra fazer, nem tenho tempo para caçar comida. Resmungou a onça.

- Isso não é problema meu. Retrucou o macaco.

A onça saiu muito decepcionada e triste com o que ouviu do macaco. Então seguiu falando sozinha:

- Vou convocar uma assembleia geral e entregar o cargo a mim conferido, tenho de cuidar da minha nobre vida. Como pensou e falou, assim o fez.

Quando todos estavam reunidos a dona onça expôs sua fadiga e seus dilemas, e que não queria mais o cargo de guardiã das florestas tropicais e dos animais. O macaco logo saltitando gritou:

- Dona onça veja bem; todos aqui estão satisfeitos com o excelentíssimo serviço prestado por vossa senhoria, saiba que não há um animal aqui que não queira continuar com o serviço prestado com perfeita maestria por vossa excelência, todos se sentem seguros, sei que vossa senhoria será honrada e respeitada muito mais se continua nesta tão honrosa função.

Toda bicharada ovacionou o discurso do macaco.

A dona onça até esqueceu do cansaço e da fome, se sentiu prestigiada e honrada diante de todos devido o discurso do macaco, com isso ela aceitou continuar executando a árdua função de protetora da floresta amazônica e os animais que nela vivem.

Enquanto o macaco continuava comendo suas bananais deitado, a dona onça se esmerava mesmo cansada e com fome pra proteger todos.

Depois de um dia árduo de trabalho a dona onça a caminho da sua toca pensava:

-agora não dar mais, não quero mais ter mérito ou honra, quero minha vida de volta, preciso comer e dormir.

Neste dilema caminhava a dona onça quando ouviu um a assobio despretensioso, era o macaco com suas bananas, comendo e se balançando no maior deleite, a dona onça irritou-se no ato e disse:

-Seu macaco preciso conversar com você.

O macaco pendurou seu cacho de banana em um galho da arvore e desceu.

-Sim dona onça, o que lhe perturba?

Seu macaco não quero mais ser a guardiã da floresta e dos animais, nunca fui e nunca seria a rainha de nada, nem tenho salário, nem sei se terei uma aposentadoria e não serie indenizada se me ferir no exercício desta função, que honra há nisso? Desabafou a felina.

-Dona onça não se aflija, em qualquer sociedade civil organizada, seus heróis são honrados e devidamente homenageados depois que morrem e com você não será diferente, confie em mim, a senhora será honrada com o título de maior heroína da Amazônia. falou o macaco.

- Olha só seu macaco, acho que você sim merece todas esses horarias, e vou lhe fazer esse favor agora mesmo.

A onça devorou o macaco, e continuou sem saber o que o macaco sabia, pois ela é, e sempre será a rainha mais bela da floresta amazônica.

Autor: Edimar

Ediastro
Enviado por Ediastro em 11/03/2019
Reeditado em 21/10/2022
Código do texto: T6595338
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