O ator esqueceu a fala e o improviso

Triste ver no mundo a figura do puxa-saco – não sabe porque existe. Não sabe se estar sendo inconveniente. Vive nas sombras – atrás do protagonista. Ninguém percebe que existe – serve apenas de escada – de ponte, mas não representa nada a não ser o descartável – o detestável.

Ninguém sabe viver a mercê da própria história. Todo mundo precisa de outra inventada para suportar a vida.

Nosso samurai não está de plantão hoje – haverá necessidade de usar nossa própria espada.

Meu esconderijo fica mais ou menos próximo da tua ilusão.

O cafajeste chegou, mas ninguém topou contracenar com ele.

No palco havia apenas uma cadeira e a vontade de atuar.

A cortina se fechou antes do final do ato.

Não tenho vontade de chorar, mesmo assim a sala está cheia de espectadores da morte.

atanazio mario fernandes Lameira
Enviado por atanazio mario fernandes Lameira em 08/09/2008
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