O túnel no final da luz

Pessoas nas ruas, gritando, é sinal de esperança.

"O pior silêncio é aquele que é empregado para acobertar. Há tempo um silêncio criminoso encobre a destrutividade da tirania do 1% contra os 99% que somos nós. É contra essa excrescência mundial que, agora, o povo começa a vocalizar direitos, a verbalizar reinvindicações e a falar de si próprio como aquele sujeito histórico que não nasceu para ser silenciado. Parece haver um túnel no fim de toda essa luz. Por esse túnel dois trens haverão de passar, por obra de nossas próprias mãos: o da justiça e o da liberdade. Detalhe: a luminosidade não é privilégio do lado de cá" (Wilson Correia).

Lembro-me do insigne mestre: “Estamos vivendo, ...uma formidável mudança de patamar na história da economia mundial, diante das concentrações extraordinárias que se estão dando nas duas áreas centrais da história contemporânea, isto é: a área do dinheiro e a área da informação. Não esqueçamos de que a nossa era caracteriza-se pela tirania do dinheiro e pela tirania da informação, sendo esta indispensável para que se exerça a tirania daquela” (Milton Santos, 2001).

Lembro-me do mestre de lá: "Os valentes e honrados protestos que continuam em Wall Street deveriam servir para chamar publicamente a atenção da sociedade sobre esta calamidade (provocada pelo setor financeiro) e conduzir a um dedicado esforço para superá-la e conduzir a sociedade para um caminho mais saudável" (Noam Chomsky, 2011).