(3:53 min) Ah, tinha que Escrever!
Acordei com o volume morto cheio, com o defunto revoltado,
fui ao banheiro para esvaziá-lo, ou enterrá-lo, como queira, e estou passando por aqui para deixar algumas impressões digitais noturnas.
Assim como a chuva fina que chega sorrateira, como quem não quer nada, importuna o penteado (escova à chapinha) da madame de calcanhares trepados em saltos altos, rosto liso retocado e desprevenida de leque e sombrinha, honestamente, como é chato ser brasileiro ostentando a insígnia de honesto (honesto de verdade é àquele que não joga o papel no chão e declara a bala no Imposto de Renda) nesse país.
Recado dado, retornando à cama sem espinhos, mas com o ronco do peito fundido, chiado de motor de Ford velho, hélice de helicóptero batendo biela, de minha mulher.
Bom fim de noite aos insones e durma com esse barulho!
Menos ruim, afinal, poderia ser um perfume francês desagradável soprado pelo vento fresco que entra pela fresta da janela e circula pelo ambiente, invadindo nossa privacidade.
Transe, faça sexo, ame uma mulher na madrugada, exalando um perfume desse! - entende de palavras não expostas à céu aberto.
Chulé e sovados vencidos, ainda são suportáveis, mas outro perfume, é de fazer mascar (tec, cai uma flor; e automaticamente, o gato dorminhoco fica desolado e despenca de cima da sacaria) o estampido do revólver calibre 38 cano fino ou grosso.
Não entendo desse troço, deixo a legitimidade do roubo à mão armada para os ladrões, meliantes, traficantes, corruptos e políticos brasileiros.
Se faltou mais alguma classe, fica por conta do leitor, sob risco processual.
Exceto por mímicas, a verdade não pode ser dita em palavras verbalizadas ou escritas.
Boa noite, definitivamente, retornando ao ninho sem espinhos.
(3:53 min) estou tentando, mas confesso que está sofrível.
Ah, tinha que Escrever! Dividir com o leitor. Não suportava tantas palavras úteis infernizando com sovela meus arquivos neuronais.
Boa noite aos insones e definitivamente, chega de relatos de intimidades noturnas!