Recebi este texto do meu ex-aluno Claiton Kolling. Achei-o muito próprio para o momento, além de criativo. Por isso, resolvi publicá-lo com o consentimento do autor. Vale a pena.
 


Mas que Feiura!

 
Não sei se estou com paranoia.
Mas os pelos do meu corpo arrepiaram.
Ao me deparar com o que agora as pessoas leem.
Será que os que decidiram isto não veem o que fizeram?
Nãocreemque é uma ideia antissocial?
Quem é o coautor desse ato nada heroico?
Será que ele é acriano? Ou mora na Quintino Bocaiuva?
(uma jiboia bem grande poderia tê-lo engolido antes, não? Seria joia...).
Qual será a consequencia disso?
Quando será a estreia dessa aberração?
Para com isto!
Poxa! do Guaiba à Costa do Sauipe, até no Polo Norte e na Coreia todos reclamam.
O velho Anhanguera saiu do túmulo, e os pinguins estão inconformados.
Os da Comunidade Europeia e outros que vivem em asteroides também.
Sequestraram até o velho trema da linguiça.
Vai ser uma epopeia escrever micro-ondas (isso me provoca enjoo).
Vou precisar tomar vacina antirrábica comfrequência, ler livros de autoajuda.
Cinquenta dias de repouso, tranquilamente
Ou deverei convocar uma assembleia para discutir a nova infraestrutura?
Não sei se eu argui com clareza, ou se o meu voo foi superficial...
Será benfeito se essa reforma se der mal.
Porque, quanto a esse vocabulário, eu não o abençoo, nem o aguento.
estou com saudades dos tremas, das regrinhas arduamente decoradas para o uso do hífen,
dos acentos diferenciais, dos ditongos abertos.
Não há nada que me apazigue.
Nem uma perabem doce.
Realmente, ficou uma feiúra.
Ops! Agora se escreve feiura( argh!!!!!!!!!).
 
Claiton Kolling