Várias Formas de Superlativo Absoluto

Comecemos com o pré-requisito: O que é um adjetivo?

 
Adjetivo é a palavra que enuncia uma qualidade ou característica do ser.
O menino comovido cuidou da ave ferida.
 
Para poder expressar a intensidade da qualidade ou característica dos seres, o adjetivo varia em grau, seja estabelecendo uma comparação dessa qualidade ou característica entre dois ou mais seres, seja intensificando a qualidade ou característica em relação a outros seres. Daí os dois graus do adjetivo: comparativo e superlativo.
 
Não sendo o foco deste texto, citamos, apenas com um exemplo, os três tipos de comparativo:
 
Superioridade: Ana parecia mais preocupada que (do que) Paulo.
 
Igualdade: Ana parecia tão preocupada quanto (como) Paulo.
 
Inferioridade: Ana parecia menos preocupada que (do que) Paulo.
 
O grau superlativo, centro do nosso estudo, divide-se  em: absoluto e relativo.
 
O superlativo absoluto, por sua vez, pode ser sintético e analítico.
 
O superlativo absoluto sintético, assim chamado, porque é formado pelo adjetivo mais sufixo (em geral, íssimo), resumindo-se a uma palavra (o que o relaciona a resumido, breve).
Gosto de limonada geladíssima. (=gelad+íssima)
 
O superlativo absoluto analítico (analítico – relacionado à análise = separar em partes) é formado pelo advérbio muito (ou outro equivalente), colocado antes do adjetivo.
Ana estava muito preocupada.
Paulo era extremamente distraído.
 
Além dessas, também existem outras formas de superlativo, muito usadas na linguagem coloquial:
 
 - Ela apareceu superelegante na festa.
Empregando-se alguns prefixos: super, ultra, hiper, extra, mega (usados com os adjetivos em uma palavra; havendo necessidade, com  hífen);
 
 - Encontrou uma flor linda, linda!
Repetindo-se o adjetivo;
 
 - A água do regato era limpinha.
Usando-se o adjetivo no diminutivo;
 
 - O trem chegou lotadão.
Ou o adjetivo no aumentativo;
 
 - Seu olhar é doce como o mel.
Usando-se comparações: feio como o diabo, rápido como um raio, teimoso como o quê, etc.;
 
 - Tenho uma amiga podre de rica.
Empregando-se expressões da linguagem coloquial: linda de morrer, magra de dar pena, feio de dar dó, etc.
 
Para completar os graus do adjetivo, somente mencionamos o superlativo relativo:
De superioridade: Ana é a mais preocupada da famíla.
De inferioridade: Paulo é o menos preocupado da família.

Referências:
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 46 ed. São Paulo: Nacional, 2005.
FERRAZ, José Emmanuel Barbosa. Adjetivo. Disponível em: <http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/josebferraz/adjetivo001.asp>. Acesso em: 15 maio 2011.


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