soneto ao eterno amigo

E quis que a vida semea-se

Na mesma terra que prepara os irmãos.

Tua dádiva, árvore de frutos sãos.

A flor da amizade germina-se.

Na chegada, teu caloroso abraço.

Trás boas novas, não apenas presença.

Fala do mundo, sorri, acalenta.

E eu descanso em sublime compasso.

Toda amizade deveria assim, primar.

Pela certeza da continuidade.

Mesmo que aquarelas venham diferenciar.

O que conduziremos senão for fraterno.

Agradeço, a ti, a permissão de ser leve.

O que verdadeiramente posso chamar de eterno.

Caio Schroer