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Quero-Quero

 

Uma primavera cinzenta e uma pedra como observatório, nada mal para um destemido Quero-quero, afinal, ele precisa avistar terras, demarcar território, proteger o ninho, espantar intrusos, há sempre muito trabalho a ser feito, quase não sobra tempo para curtir a paisagem e aproveitar a vista.  Mas só por um instante, sentir o vento acariciar suas penas, ah, isso sim vale a pena!

 

 

cinzenta manhã

ocupado quero-quero

descansa na pedra

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                          Sandra Laurita

 

*Interação do poeta Vila*

 

freme o penacho 

do pequeno pernalta 

a esmiuçar o espaço 

 

                              

Sandra Laurita
Enviado por Sandra Laurita em 25/10/2021
Reeditado em 27/10/2021
Código do texto: T7370858
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