Sou mãe
Chorei com a noticia,
Um misto de medo com felicidade,
Chorei no primeiro ultra-som,
Ao ver o coração batendo forte,
Percebi que daquele dia em diante minha vida não seria mais só minha.
Alem de não ser mais responsável apenas por mim.
Medo, suspense, expectativa amor...
O mais louco amor aflorava dentro de mim.
Crescia sem a minha vontade ou permissão.
Um amor inexplicável,
Até doentio, que me trazia insônia e euforia.
Foi crescendo dentro de mim.
Deformou-me,
O corpo, com as curvas mais lindas, e feias ao mesmo tempo.
Curvas de quem é mãe.
Curvas de quem é mulher, curvas fruto do amor.
De repente, nasceu, com os olhos tão ou mais assustados que os meus.
Demonstrando tanto ou mais medo do que eu, o medo da vida que se iniciava,
Meu bebê, vida da minha vida.
Sou menina-mulher-mãe.
Senti então um dos maiores prazeres da minha vida.
Amamentei, continuei dando vida pelo meu corpo,
Senti o toque dos dedinhos no meu seio, no meu coração,
A força da vontade de viver, sugando meu leite.
Vi o fruto do meu ventre crescer,
Sofri com seus sofrimentos,
Tivemos febre, gripe, e tudo mais que mãe tem junto dos filhos,
Sobrevivemos nos amando cada dia mais.
Sorri junto nas suas alegrias e vitórias.
E hoje, tenho muito orgulho de quem são..
Falo sempre de boca cheia..
SÃO MEUS FILHOS.
Fruto do meu ventre,
Uma das razões da minha existência.
Personagens eternos da minha história,