NEU-Fundão*, um parto de AMOR...

Nasceu
No berço
Das ciências!

O Idealismo
E a Dedicação
Foram os genitores!

Abençoadas e firmes mãos o receberam...

Em júbilo, corações pulsavam!




* Núcleo Espírita Universitário/UFRJ

Imagem - Google

Histórico do NEU Fundão e CENPES

O NEU Fundão nasceu do idealismo do Dr. Ivan Miahyra e da dedicação da funcionária aposentada Jurema Neri Brandão.
O primeiro, inconformado com a inércia dos espíritas na Universidade Federal do Rio de Janeiro, malgrado outros grupos religiosos se reunir periodicamente tanto no Hospital Universitário como em outros locais do Campus, manifestou à Sra Jurema o sonho de realizar uma reunião de espíritas no HU.(*) A segunda, confiada nas lembranças de mais de trinta anos de serviços prestados à Faculdade de Medicina, convocou cerca de vinte pessoas para ouvirem palestra do Prof. Formiga sobre "Os efeitos da imposição das mãos sobre o crescimento de micróbios na presença de antibióticos".
Esta primeira reunião, ocorrida no DIP/HU por interferência da Dra Susie, em 29/10/1992 das 11:30 às 12:30 h, motivou-nos profundamente. Relembrando, agora, parece que naquele dia foi acesa em nossos corações uma chama, ainda tênue, mas que sentíamos eternizada no desejo de servir. Era quase utópico: uma "cabeça de ponte" espírita dentro do Hospital Universitário!
Das mãos do Prof. Formiga recebêramos as exigências constantes da "Metodologia para Avaliação de Curas por Entidades Espirituais", assinada pelo Prof. Abrahão Rotberg e que fora apresentada no sétimo Congresso Espírita Estadual da Associação Médico-Espírita de São Paulo, de 1987;
haveríamos de reunir-nos outras vezes e, quem sabe, curas espirituais poderiam ser realizadas, comprovadas através dessa metodologia e publicadas em revistas científicas!
A exiguidade do tempo disponível, porém, submetia o grupo a implacável controle. Em sua maioria professores e alunos da área de saúde, quase todos tinham afazeres a concluir. Entusiasmados, marcamos nova reunião para a sexte-feira seguinte no mesmo horário. Tivemos poucas reuniões quinzenais que logo se tornaram semanais.
Sucessivas providências foram então tomadas, sempre por decisão conjunta. A idéia inicial de alguns confrades de realizarmos curas espirituais, embora não tenha sido abandonada até hoje, cedeu lugar ao bom senso de começarmos nossos trabalhos pela harmonização do grupo, visto que alguns dos componentes mais assíduos eram espiritualistas e não espíritas, na acepção Kardequiana da palavra.
Foi justamente esta heterogeneidade que gerou uma de nossas primeiras decisões, qual seja a de que os estudos do grupo deveriam ter uma orientação doutrinária espírita, tal como o termo foi criado e difundido por Allan Kardec. Internamente, não nos furtaríamos, quando necessário, aos debates, em termos científicos, filosóficos ou religiosos, abstendo-nos, todavia, de impor qualquer idéia ou conclusão nossa a quem quer que fosse.
Por analogia a outros NEUs, que sabemos existir em diferentes centros universitários no Brasil, nosso grupo optou por denominar-se simplesmente Núcleo Espírita Universitário do Fundão, na esperança de que esse movimento espírita, que hoje ganha impulso nas universidades de todo o país, possa uma dia integrar-se na difusão da fé raciocinada, sem dogmas e sem preconceitos de qualquer espécie, objetivando a transformação individual na afirmação da moral cristã.
Com vistas a facilitar essa integração. a Sra Jurema cedeu ao grupo os direitos à Caixa Postal 68043, RJ.RJ., CEP 21944-970, que detinha em seu nome, e a partir da segunda reunião passamos a possuir endereço para correspondência.
Decidimos, ainda, que no momento era inconveniente uma expansão mais rápida do grupo, pois o crescimento desordenado poderia trazer conseqüências indesejáveis, tais como a disseminação de idéias não sedimentadas pelo conjunto, levando-nos ao descrédito no meio universitário.
Nessa fase, estruturalmente ainda embrionária, uma das providências do grupo foi a aprovação, "in totum", do programa interno para estudo de temas básicos ligados à Doutrina Espírita proposto pelo Prof. Formiga, com ampla bibliografia. O estudo desses temas constituiu-se numa espécie de reciclagem auto-ministrada, com a participação ativa de todos os componentes do grupo, por meio de exposições teóricas e painés, esclarecendo dúvidas e fixando conceitos. No decorrer ou ao término de cada módulo convidávamos e ouvíamos expositores externos com larga experiência nas áreas de estudo, que enriqueceram nossos conhecimentos. Graças a essa metodologia travamos contacto com as fotografias obtidas através do método de Kirlian; experiências e métodos de transcomunicação mediúnica (vídeos) e instrumental; grupos praticantes de métodos alternativos para o tratamento de doentes considerados incuráveis pela medicina convencional e tivemos ainda a oportunidade de ouvir, com debate, excelentes palestras proferidas por conceituados espiritistas.
Encerradas as férias escolares de julho reiniciamos nossas reuniões, dedicando-nos ao estudo do Livro dos Espíritos, certos de que na discussão doutrinária executávamos, pelo menos parcialmente, um trabalho de esclarecimento que se estendia aos desencarnados presentes, propiciando a todos a reflexão e a transformação para melhor.
Nesse meio tempo começamos a receber correspondência endereçada ao NEU - "Allan Kardec", sem que houvéssemos dado tal denominação ao Núcleo. Acontece que desde abril de 1992 já se reunia, sem que soubéssemos, no Alojamento dos Estudantes da UFRJ, um grupo de espíritas universitários denominado " GAKEE ", Grupo Allan Kardec de Estudos Espíritas, ao qual o Prof. Formiga franqueara o uso da Caixa Postal durante palestra que fora convidado a proferir. Com o nome do codificador notas foram publicadas no "Reformador" e no "SEI", o que originou diversas correspondências.
Foi com grande alegria que travamos conhecimento com esses jovens confrades, dos quais a aluna Rosanna Costa Oliveira, da Faculdade de Farmácia, tornou-se representante entre nós, participando assiduamente de nossas reuniões semanais. Além disso, o estreitamento desses laços nos possibilitou, em visita a grupo congênere no Alojamento de Estudantes da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, conhecer um pouco mais dessa juventude "maravilhosa", que combate a solidão dos alojamentos universitários, longe dos familiares, com reuniões para o estudo do Evangelho segundo o Espiritísmo, mesmo tendo à sua volta as tentações da liberdade desajustada de nossos dias, sem sucumbir à violência, ao uso das drogas, aos apelos da sexualidade ou do ócio, que nos individam, nos embrutecem e retardam nosso progresso espiritual.
Sabemos que a estrada da transformação individual não permite passeios e que a ascensão será penosa. Todavia, esses exemplos nos estimulam à participação e fortalecem nossa esperança no futuro. E foi no desejo de servir que encaramos com a maior seriedade a notícia do Primeiro Encontro dos Divulgadores do Espiritísmo nas Universidades, programado para meados de novembro, em Goiânia. Ansiosos para conhecer as experiências de outras Universidades optamos por organizar a estrutura do Neu-Fundão após o evento. e em 10 de dezembro, na última reunião de 1993, passamos finalmente do sonho à realidade, adotando, por decisão conjunta, um organograma similar ao do NEU-Go, apenas com dois representantes em cada Coordenadoria de setor, para atendimento a peculiariedades regionais.
Apresentamos, portanto, aos prezados confrades, a composição da Diretoria do NEU-Fundão, escolhida por maioria simples de seus frequentadores, para 1994:
Coordenador Geral - Vinicius
Secretário - Jurema Nery
Primeiro Coordenador de Ensino - Leon Levy
Segundo Coordenador de Ensino - Alexandre
Primeiro Coordenador de Pesquisa - Luiz Formiga
Segundo Coordenador de Pesquisa - Wilmar
Primeiro Coordenador de Comunicação e Assistência - Luiz Brandão
Segundo Coordenador de Comunicação e Assistência - Susie Nogueira
Rio de Janeiro, janeiro de 1994.
Leon Levy