HOMENAGEM A VALTER, MEU SOGRO

Sinto necessidade de compartilhar o que vivo com os meus amigos e leitores deste site. Algumas vivências trazem alegria, felicidade, mas outras trazem muita tristeza. Neste momento penso em Ângela Gurgel que sempre divide conosco, além dos seus versos e outros trabalhos, a sua dor pelas perdas que tem sofrido.

Este é um momento em que venho dividir alguma tristeza com vocês. Faleceu no dia 24 de julho de 2010, o meu sogro, Valter.

Eu recebi a notícia e tive que dizê-la ao filho de Valter, Jorge, com quem sou casada e é o pai de meus 4 filhos. Tive que avisar aos meus filhos. No momento em que cumpri esta missão, ela não se fez pesada. Depois, entretanto, ao ver a família reunida em torno do falecido, senti tantas e tantas emoções, revivi momentos.

Conheci o pai de meu marido no ano de 1976. Ele estava aos 51 anos de idade, corpo esbelto, vaidoso, gostava de festas, de dançar, espírito boêmio. Demorei a crer que não fosse irmão de Jorge, tão jovem me pareceu.

Ficamos quase pai e filha e ele era meu par dançarino nas noitadas e nas festas familiares.

Tive que olhar o rosto dele marcado pelo gélido carinho da morte. Aquele homem que um dia se tornou pai de quem é o pai de meus filhos.

Ainda estou abalada com a visão de seu rosto atingido pela mais fiel e última companheira.