A MARIANA

O sol obscureceu, fruto da tristeza

que me assola,

e uma chuva ainda mais triste, do

que eu, principiou a cair, por sobre

as águas do rio sem Norte.

Obscureceram as nuvens, de

tristes que estão,

e a chuva virou dilúvio, relâmpago,

que a minha tristeza vem do céu,

até à terra, e toda a minha pena.

E uma nébula juntou-se à tristeza,

que me corre

nas veias, na carne, no sangue; dor

tamanha, que agora é lembrança

querida, que levarei pela vida.

Partiste; ainda não era chegada a

hora;

e no teu novo acordar, estes versos

tristes, que eu não entendo,

escrevo-os, de forma a entende-los.

Estrelinha Mariana, não te saudou

a vida em vida,

serás no céu uma menina que fala

gesticulando, às outras estrelinhas,

para que elas entendam do que falas.

E falas de amor, dos muitos amigos

que tu tens;

e a chuva ouvindo isto, parou para

dar lugar ao sol, que luziu tudo de

luz, e no teu tosto, se envaideceu.

Jorge Humberto

16/02/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 16/02/2011
Código do texto: T2795826
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.