Minha história

Desde a fundação do mundo, até a eternidade o que não pode ser mudado pelo homem é o tempo. Disse uma vez um poeta que o tempo é como um rio de águas correntes que passam sem nunca parar. Ninguém pára no tempo e o tempo não pára pra ninguém. Deus é o Senhor de tudo, até mesmo do tempo.

Vou contar para vocês uma história que aconteceu no século passado, mais precisamente em 1975 quando o Brasil era um país mergulhado na recessão econômica e ainda vivia os últimos anos da ditadura militar. Em uma pequena cidade do interior de Minas Gerais chamada Bela Vista de Minas havia duas famílias tradicionais que sendo vizinhas mantinham a política da boa vizinhança como elo de ligação.

De um lado, D. Sergina e Sr. Alvino na luta diária com seus nove filhos e já alguns netos, sempre na luta pela sobrevivência e para educar os filhos com ética e moral. De outro lado. D. Divina e Sr. José Celestino da mesma forma buscavam no trabalho uma oportunidade de vida melhor para os quatro filhos ainda jovens.

De uma maneira geral, todas as famílias no interior criam seus filhos para que cresçam com saúde, trabalho e para que se casem, o que nem sempre é possível.

Enquanto vizinhas as famílias se relacionavam dentro dos limites que a cidadania permite e nem imaginavam o que poderia acontecer dentro de poucos anos.

D. Sergina e Sr. Alvino tinham um filho mais velho que sempre estava em São Paulo a trabalho e nem imaginavam que este rapaz fosse constituir família lá mesmo em Bela Vista de Minas.

D. Divina e Sr. José Celestino eram pessoas simples e que queria o melhor para sua filha Glória, então com 15 anos e que cuidava dos seus irmãos menores com toda dedicação e cuidado.

Certa vez, Albino estava na cidade para visitar a família e diante do acontecimento de uma festa na cidade, estava animado para reencontrar os amigos. Glória também queria ir e fez de tudo para que uma amiga da família pudesse convencer seus pais a deixarem que fosse à festa.

Passados os imprevistos, foram os dois para a festa, Albino com amigos e Glória com a amiga da mãe. Na festa o amor encontrou meios de permitir o encontro dos dois e foi assim que dias depois iniciaram o namoro depois de muita conversa entre o rapaz e os pais.

Dois anos mais tarde, em 1977 no dia 14 de Maio casaram-se e passaram a morar em uma casinha nos arredores da cidade, à beira do cemitério municipal. Algum tempo depois Gloria se converteu ao Protestantismo e passou a fazer companhia para a sogra que já era evangélica.

11 meses mais e Deus deu ao casal a primeira grande benção: Flávio, um garoto forte e muito bonito que se tornou a alegria dos avós e dos pais. Mas eles mal sabiam o que os aguardava. Pouco tempo depois foram morar em Belo Horizonte, onde algum tempo depois veio outra benção, desta vez uma menina, Lilia, linda e a cara do papai.

Mas a fábrica era mesmo fértil e mesmo com todas as dificuldades do casal, Deus foi mandando bênçãos sobre bênçãos, e assim vieram, Luciana, com a cara da Mamãe, Carlos Alberto muito sapeca e por último, em 1985 Letícia, caçulinha e que, por ora, encerrou o ciclo de procriação da família.

O tempo foi passando e as coisas começaram a apertar e sempre nas horas da angústia e das dificuldades, Deus sempre apresentava uma solução e nunca deixou que a família passasse por problemas insolúveis. Congregando em Casa Branca e sendo sempre auxiliada por todos os amigos e irmãos do Circulo de Oração, o casal agora compra uma casinha muito simples e sai do aluguel. Deus vai fazendo coisas importantes na vida da família, que mesmo com grandes problemas financeiros, primam pela educação dos filhos, o que traz grandes resultados.

Em 1998, no mesmo dia em que a filha do meio Luciana se casa com Sílvio, um vizinho, Flávio tenta vestibular e enquanto os recém casados estão em viagem, a família se alegra pela aprovação do filho na universidade.

No ano seguinte, a outra filha Lilia se casa com Milton, um rapaz da igreja que já era conhecido da família.

No ano de 2000 chegamos ao início de um outro século e encontramos Albino e Glória já com a família criada e com os filhos bem educados. Albino estva afastado do trabalho por motivos de saúde e Glória continua a trabalhar freqüentar sua igrejinha em Casa Branca. Eles não têm mais a mesma viçosidade e força de quando se conheceram, mas estão muito alegres e têm a certeza de que o melhor da vida ainda está por vir. Lília já tem um filhinho, Isaac com 1 ano e meio, Letícia também já tem um filhinho,Arthur, com 1 ano e 2 meses. Luciana não tem filhos ainda. Carlos nem se casou nem tem filhos e Flávio terminou a faculdade, foi aos Estados Unidos e namora há 6 anos, o que certamente vai dar em casamento. E essa, por enquanto é a história da minha família, que ainda está sendo escrita,diariamente e com muitas alegrias e conquistas a serem alcançadas.