AMOR ETERNO (à minha esposa Clara)

Clara,

Um dia, sem que pudéssemos notar as diferenças da idade, nos atraímos e fomos debutando o infinito, ficamos cativos e afins, nos deleitamos no alvor do galanteio, dos nossos anseios, dos nossos arcanos e ficamos assim, percorrendo a lonjura, os parques, as praças, a casinha branca de glacê, o banco tosco, as pétalas róseas da primavera, os caminhos enobrecidos, as nuvens de celofane e abrimos as portas de nossos corpos com as chaves do tempo para viver o amor que acendeu em nosso peito.

07/05/2006

Júlio Sampietro
Enviado por Júlio Sampietro em 17/03/2007
Código do texto: T416202