HERÓI NACIONAL E PATRONO DAS POLÍCIAS MILITARES

HERÓI NACIONAL E PATRONO DAS POLÍCIAS MILITARES

“A tua paz é o mais importante. Para defendê-la, luta contra as impressões de que falta algo, de que não atingiste o teu “ponto básico”, de que permaneces em busca de algo difícil de alcançar, de que a tua paz só será completa quando tiveres “algo mais”, de que o bom ainda não chegou para ti. Em qualquer situação, seja carência financeira, de atividades febricitantes ou de prementes necessidades, reconhece-te na paz. Convence-te d que a tua paz é a produtora de teus êxitos, é o teu maior ponto de apoio, é Deus dentro de ti. Assim afastas as negatividades, os sentimentos repulsivos, e te tornas pessoa mais vencedora”. (Lourival Lopes).

Hoje, dia 21 de abril feriado nacional em homenagem a uma figura exemplar que lutou bravamente pela libertação no Brasil, no episódio que ficou conhecido com “Inconfidência Mineira”. Um homem sonhador e idealista era ao mesmo tempo um espírito prático. Qualificação dada pelo visconde de Barbacena como “Homem sem temor algum”. Suas feições: Alto, magro, espadaúdo, de “olhar espantado”, era eloquente e facilmente se arrebatava ao discorrer sobre seus planos de emancipação da terra natal. Para o cônego Luis Vieira da Silva, co-réu do processo da inconfidência, “Era um homem animoso, e se houvessem muitos assim o Brasil seria uma República florente”.

As palavras do cônego Luis Vieira da Silva podem ser endereçadas a maioria dos políticos atuais, que estão destruindo a Pátria Amada pela ganância de ganhar dinheiro fácil, através de processos deletérios, tais como: corrupção, lavagem de dinheiro, recebimento de propinas, licitações fraudulentas, depósito irregulares em paraísos fiscais, peculato e outras irregularidades administrativas. Para frei Raimundo de Pertaforte, seu confessor na prisão, “Foi um daqueles indivíduos da espécie humana que põem em espanto a própria natureza... Afoito e destemido, sem prudência às vezes, e outras temeroso ao ruído da caída de uma folha”.

Tiradentes andava por todos os lados com livros sobre a independência norte-americana e cada vez mais procurava ler tudo que se relacionasse ao assunto de modo aberto e sem preocupação, pois estava entusiasmado pelo assunto, ele era loquaz e procurava convencer as pessoas de suas ideias, sempre andava apressado e agitado e devido a esse modo de ser e de agir, demonstrava o reflexo de uma personalidade exaltada e por esta razão recebeu os apelidos de tira-dentes, chamam-lhe de “Corta-vento”, “Gramático”“ o República’ e “o Liberdade”. Exerceu várias profissões: tropeiro, mascate, minerador, dentista. Dedicando-se por conta própria ao serviço de viajante comercial fazendo frequentes viagens entre São João Del Rei, Vila Rica, Rio de Janeiro e a Bahia, travando um profundo conhecimento com a vastidão dos sertões e a magnifica potencialidade da terra brasileira e nesses trajetos intermináveis, desenvolveu a prática de cirurgião- dentista a que só podia dedicar-se sem estabelecer-se, e por não ser licenciado levava a vida cuidando de escravos e agregados humildes das grandes propriedades rurais.

Até parece que Tiradentes viveu nos dias atuais, pois o que ele fazia deveria ser imitado por empresários, políticos e outras autoridades que se almejam aumentar suas riquezas e seus patrimônios. (Fonte: Tiradentes: Patrono das Polícias Militares Brasileiras - Escrito por Lenilson Guedes). Mal remunerado nessas profissões, ingressou no Regimento dos Dragões, Corpo de Cavalaria da Capitania de Minas Gerais. Aos dezoito anos de idade optou pela carreira das armas, alistando-se em 1 de Dezembro de 1775 diretamente no posto de Alferes no Regimento de Cavalaria de Minas Gerais sendo designado para a sexta companhia, onde foi aceito pelo fato de pertencer à elite branca e de possuir uma habilidade técnica, que era a de dentista.

Servindo nas forças de defesa contra possíveis invasões espanholas e no ano de 1780 estava na cidade de sete Lagoas em Minas Gerais como Comandante do Destacamento local encarregado da guarda do registro da porta de entrada do Vale Médio do Rio São Francisco, onde estabeleceu correspondência com o contratador João Rodrigues de Macedo sobre alguns problemas na administração dos seus contratos e em 9 de abril de 1781 o Alferes foi nomeado como Comandante do Destacamento do Caminho Novo com o objetivo de construir uma variante no caminho de Vila Rica para o Rio de Janeiro, e em 26 de junho de 1781.

Iniciou as picadas com a pequena tropa e mais oito escravos pertencentes ao tenente - Coronel Manoel do Vale, devido a pouca mão de obra empregada, os trabalhos se tornaram intensos, com isto o Alferes conseguiu fazer chegar à picada até o lugar em que foi instalado o Quartel de Porto de Meneses, onde permaneceu destacado como comandante da tropa militar de guarda do novo caminho. É riquíssima a biografia dessa grande mártir da independência do Brasil. No ano de 1784 por indicação do Governador, o alferes é designado pela Portaria de 16 de Abril de 1784 para tomar providencias e guarnecer as fronteiras e a leste da capitania de Minas Gerais nos limites com o Rio de Janeiro. Sentou Praça no Regimente de Dragões de Minas Gerais nomeado pela rainha Maria I, comandante da patrulha do Caminho Novo, que conduzia ao Rio de Janeiro e por onde escoavam o ouro e os diamantes extraídos na capitania.

O cargo exigia bravura e vigor físico, pois o caminho, que atravessava serras e florestas, era sujeito a assaltos de índios, escravos fugidos e malfeitores. Vejam como são as injustiças cometidas pelo ser humano. Do posto de Alferes (equivalente hoje, ao posto se segundo-tenente), entretanto, não saiu Tiradentes, que se queixava de haver sido preterido quatro vezes, enquanto outros, mais jovens e de menor mérito, logravam ascender na hierarquia. Esse fato talvez se devesse ao faro de Tiradentes ser Mazombo (filho de português, nascido na terra) condição que inspirava receio à metrópole. Mesmo assim, era um homem de confiança, tanto assim que foi indicado em julho de 1788, para chefiar a guarda da viscondessa de Barbacena em sua viagem até Vila Rica.

Um caso de discriminação e do QI (Quem indica) fez com que militares menos experientes e mais novos fossem promovidos primeiro do que ele gerando certa insatisfação. O alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi um dos principais articuladores da Inconfidência Mineira. Foi um dos principais articuladores, desde 1965aos 21 de Abril, celebra-se no País o Dia de Tiradentes e, junto à pessoa deste, a lembrança da Inconfidência Mineira. Tiradentes passou então a ser considerado um herói nacional e Patrono da Nação Brasileira. Participou ativamente de um dos principais movimentos de contestação do poder que a coroa portuguesa exercia sobre o Brasil Colônia: a Inconfidência Mineira.

Articulado entre os anos de 1788 e 1789 permeado por ideias provindas do Iluminismo que se alastrou pela Europa, na segunda metade do século XVIII. Os inconfidentes com raríssimas exceções integravam a elite cultural e social daquela região e foi o caso do poeta Tomás Antônio Gonzaga, ou então ocupavam postos militares, profissões liberais. O forte era a Liberdade e Igualdade, ideias que fomentaram a Revolução Francesa , em 1789, na época o Brasil era governado pela rainha D. Maria, “a louca”. A insurgência contra o governo de Minas, representado pelo visconde Barbacena, foi articulada em 1788 e teve como estopim a cobranças de impostos sobre a população que era possuidora de ouro e sobre os rendimentos que ganhava todas as pessoas que compunha a população mineira.

O imposto cobrado sobre os rendimentos recebeu o nome de “derrama”. Os inconfidentes foram dedurados ou delatados por José Silvério dos Reis, um devedor de tributos que, com a denúncia, acreditava poder sanar suas dívidas com a coroa. Seria uma espécie de “delação premiada, no entanto, os inconfidentes receberam sentenças e julgamentos com a pena do banimento e foram expulsos do País. Tiradentes não teve esse privilégio, pois foi enforcado no dia 21 de Abril ao som de discursos que louvavam a rainha de Portugal. Seu corpo foi esquartejado e sua cabeça exibida na praça principal da cidade de Ouro Preto.

Em 1867foi erguido um monumento a Tiradentes na cidade de Ouro Preto e Pedro Américo fez a pintura do quadro de “Tiradentes Esquartejado”. Em 1965, durante a primeira fase do regime militar no Brasil, o marechal Castelo Branco, então presidente da República, contribuiu para o reforço dessa imagem de Tiradentes, sancionando a Lei Nº. 4.897, de 9 de dezembro, que instituía o dia 21 de Abril como, oficialmente, Patrono da Nação Brasileira com muita honra para nós brasileiros. ( Fonte: Me. Cláudio Fernandes). Ressalte-se ainda que: Tiradentes nasceu na fazenda Pombal situada na circunscrição territorial da Vila Del Rei, localizada entre as cidades mineiras de São João Del Rei e São José, hoje a cidade de Tiradentes, no Estado de Minas Gerais.

Era filho de Domingos da Silva Santos, português, pequeno fazendeiro – homem de algumas posses – pertencia à elite branca civil e servira como Almotecê na Câmara da Vila de São João Del Rei e de Antônia da Encarnação Xavier, brasileira. Por ser filho de português nascido na terra, Tiradentes pertencia a raça dos Mazombos (brasileiro, filho de pais europeus, especialmente portugueses do período colonial (contrastavam com os reinóis, nascidos na metrópole que posteriormente imigraram), ou pessoas culturalmente e etnicamente europeias nascidas no Brasil em geral). Ficou órfão de mãe aos nove anos de idade e de pai aos 12 anos.

Dos onze aos dezoitos anos ficou aos cuidados de seu tio e padrinho Sebastião Ferreira Leitão, que era cirurgião-dentista registrado, foi quando aprendeu os conhecimentos básicos de odontologia e medicina, por isto conseguiu a profissão de dentista prático. Foi o quarto de sete irmãos, dois dos quais, Domingos e Antônio, mais velhos que ele, se ordenaram padres. O mais moço, José, seguiu a carreira militar, chegando ao posto de Capitão de Milícias.

Morreu solteiro, contudo teve relacionamento com uma viúva, Antônia do Espírito Santo, moradora nos arredores de Vila Rica, da qual teve uma filha natural, chamada Joaquina. Esta matéria ou artigo conta em algumas pinceladas como foi à história desse grande herói nacional e que se tornou Patrono da Pátria Brasileira, através de Lei assinada pelo presidente cearense, Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE-JORNALISTA PROFISSIONAL.

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 22/04/2015
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