Dr. FRANCISCO MELLO, ADVOGADO CRIMINALISTA, MATO GROSSO, BRASIL, CENTRO OESTE, RONDONÓPOLIS. DIREITO PENAL, AMBIENTAL, CIVIL E ADMINISTRATIVO. ARTIGO: SEMANA FARROUPILHA. PARABÉNS, GAÚCHOS.

Nunca antes na História deste País o separatismo do Rio Grande do Sul esteve tão na moda. O Rio Grande do Sul está pronto para separar-se do Brasil. Hoje, a ideia de independência, permanece na maioria do povo gaúcho mais do que no começo da Revolução.

Em 1835 o que havia era um descontentamento de militares punidos no Rio de Janeiro e enviados para o Sul e muitos fazendeiros rebelados por descuidos do Governo Regente em atender suas reivindicações em relação ao charque, couro etc.

Bento Gonçalves, chegou a dizer: proclamei a república, mas não sou republicano. Na verdade o Imperador não considerava ou reconhecia a República riograndense, a denominava: Província sublevada.

Nem tudo foi certinho como pregam alguns. Naquela época, Chile Argentina e Uruguai avançaram na libertação dos escravos; os farroupilhas não. Definitivamente não eram abolicionistas como diziam. Prometeram a libertação dos negros que lutassem nas batalhas, seduzindo-os dos adversários. Ao final da guerra, porém, temiam uma rebelião dos escravos.

Canabarro então os traiu. Na véspera da Batalha na cidade de Porungo, os negros foram desarmados. Quando as forças imperiais chegaram, alguns se evadiram, a maioria foi morta, uns poucos foram levados por Caxias para o Rio de Janeiro.

O elemento ideológico era o Liberalismo, fazendeiros lutando por conquistas econômicas e militares positivistas punidos, pretendendo reabilitação em suas patentes e carreiras.

As batalhas eram poucas. Por isso morreram menos de quatro mil pessoas. O modelo estratégico era a guerrilha, a emboscada, a degola, e as execuções diretas. Em muitos casos agiam como invasores tomando fazendas, gadarias etc.

Havia sérios problemas entre os líderes devido à corrupção. Onofre Pires e Bento Gonçalves duelaram por se acusarem mutuamente de corruptos.

No início da Revolução o governo da Regência tinha laços de amizade com os gaúchos por isso resolveu não reprimir logo e com rigor os rebelados, porém ao assumir o poder, Dom Pedro II joga duro e sufoca a República dos farrapos em 1842.

É de se perguntar valeu ou não a guerra dos farrapos? Não da para negar que o sentimento nativista e o culto aos líderes revolucionários foi potencializado; o tradicionalismo cresceu com os MTG e CTG, e as características de um povo que lutará se preciso for para defender seu rincão são inegáveis.

Por isso e por muito mais eu diria: Valeu gaudérios. Não basta pra ser livre ser forte aguerrido e bravo, povo que não tem virtude acaba por ser escravo. Lembrando que ironicamente os escravos ajudaram muito à Revolução Farroupilha.

Para a indiada fandangueira, do churrasco, carreteiro, queijos e vinhos; cordiona, botas, bombacha, lenço, pala e goiaca; chapéu de barbicacho, marca touro, chimarrão, cuia, bomba e cambona; pingo, bastos, tirador, flete, tentos, buçal e serigote, parabéns por mais um 20 de SETEMBRO.

Dr. Francisco Mello dos Santos. Advogado Criminalista. OAB-MT 9550. Especialista em Direito Penal e Processual Penal. drfranciscomello@terra.com.br (66)96892292.

Dr Francisco Mello
Enviado por Dr Francisco Mello em 23/09/2016
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