O melhor grupo

Como prometido no post anterior, Bruna Tiemi Nawate, Karen Antonia, Dominique e Tamires, aqui está minha sincera homenagem (ou não).

Lembro como se fosse ontem (obviamente não), como nosso grupo se formou... Eu tinha um grupo com quem fazia trabalhos no primeiro semestre e iria manter esse grupo no trabalho de Psicologia Social, mas o limite de grupos já havia dado e a professora falou para nos separarmos. Ao mesmo tempo que isso acontecia, eu via as meninas se juntando, a Tamires, a Bruna, a Karen Antonia, e na hora que vi o grupo de vocês formado, falei para o Edgar que precisávamos se juntar a vocês, era praticamente a elite(to zoando) e corremos pra falar com a Regina e dar nossos nomes. Cabe ressaltar que a Dominique fez esse trabalho no grupo da Ana, da letícia, etc... Então praticamente esse foi o primeiro trabalho que fizemos juntos...

Voltando mais ainda ao passado, vou falar um pouco sobre como conheci cada uma:

1 - Bruna Tiemi Nawate - vulga irmã mais velha (quase idosa) cuja a aparência engana -

Fiz amizade nas primeiras semanas, com ela e sua inseparável escudeira Potira ( agora conhecida como a mãe das nerds, em sua sala). Lembro que era tímida ( só enganou), vivia falando de cursinhos, faculdade pública e do mestrado que queria fazer no Japão. Fazia grupo com a Lilian, Barbara, Edileuza e etc...

Na disciplina de Anatomia, fomos divididos em dois horários e aconteceu o que ela mais temia, a jovem oriental foi separada de sua melhor amiga, e agora quem poderia lhe salvar? Me recordo que ela dizia pra mim: “ Renan, ajuda a Potira!” E dizia à Potira: “ O Renan é mal nerd ( vou encarar como um elogio) ele vai te ajudar fica tranquila!”

Em relação a Anatomia, começamos fazer grupos de estudos, e nesses grupos que a Bruna acabou se aproximando da Tamires e até mesmo de mim. Lembro que nesse semestre ela adorava as aulas de genética e colocava na cabeça que não podia tirar menos de 8 de média, se cobrando muito ( isso mudooooou muuuito), inclusive, me recordo que... não sei porqueeeee, me chamava de geniozinho ( Ironia ou verdade?).

Só para finalizar, nas férias do primeiro semestre, chamei ela para fazer grupo comigo no semestre seguinte e ouvi um : “ Ah Renan, você elogia e chama agora, mas depois vai ficar cobrando e reclamando!” ( Quem diria que ela previu o futuro!).

2 - Tamires - O que dizer da moça mais “bacana” que conheço.

Fui fazer amizade com ela a partir das aulas práticas de anatomia, lembro que ela chegou pra mim e perguntou: “ Isso é uma articulação?”. Eu disse que sim e me afastei. Conforme o tempo foi passando, fomos conversando, ambos eramos bolsistas, gostávamos de rock, Sartre e Beuvoire. Lembro que sempre trocávamos os filmes que assistíamos, principalmente o lendário filme “O homem que dorme”, um ótimo texto, mas que, no qual dormi, cinquenta vezes antes de terminá-lo e acabou virando uma piada interna nossa. Além dos filmes, não podiam faltar histórias sobre os primos que ela cuidava na época e claro, Simpsons, programa que ela sempre assistia com eles.

Recordo-me que o primeiro trabalho que fiz com ela foi o caso da Disciplina de Ética, na época foi um choque para os Frangos da Malásia ( grupo no qual pertencia), eles reclamaram de eu ter saído, mas as polêmicas ficaram internas neste caso ( não vou contar). Lembro até que eu sentava na frente na sala e ela no fundo, e eu ia até lá pra falar com ela e um dos meus colegas ficava me zoando: “Ish! Está popzinho agora?!”

No segundo semestre, nossa amizade continuou e ela acabou se juntando a outras duas pessoinhas, e uma delas falarei a seguir...

3 - Dominique, nique, nique -

Recordo-me que a princípio a ideia de fazer amizade com ela, assim como com a Tuanny, foi da Tamires, eu até fiquei meio resistente quanto a isso. Quando descobrimos que ela era bolsista e que fez o mesmo ENEM que a gente, pensamos: “ Vish, será que ela pensa que nós tiramos a vaga dela?” ( E tiramos mesmo, risos).

Começamos então a conversar, ela tinha um jeito meio tímido, meio doce, de alguém que acabava de sair do Ensino Médio e estava começando a entrar pra valer na vida adulta ( eu também era assim). Ela nos contou que trabalhou seis meses com crianças antes de entrar na Cruzeiro. Em relação a Tamires, foi amizade a primeira conversa, fiquei surpreso com o tanto de coisas que tinham em comum, gostavam dos mesmos filmes, dos mesmos Hobbies, às vezes até me sentia excluído quando as duas estavam juntas ( hoje não mais). Além delas o grupo da meninas ( eu era próximo como amigo, mas não nos trabalhos) acabou fechando com a entrada da Tuanny, inclusive foi ela que aproximou mais as meninas da Bruna, lembro que as quatro que fizeram o trabalho de desenvolvimento juntas.

De inicio, no semestre que a Dominique entrou, acabei não fazendo nenhum trabalho com ela, mas acabou-se construindo-se uma grande amizade , com a Tuanny ( que também entrou no mesmo semestre), com a Tamires, mesmo não fazendo trabalhos juntos, já éramos um grupo.

4 - Karen Antonia

Por último, a Karen que acabou sendo a última integrante a entrar no grupo. Recordo-me que assim como a Tamires, nossa amizade surgiu também nas aulas de anatomia,ela fazia grupo que, no qua,l praticamente todo mundo saiu da sala. Recordo-me que ela me chamou para ir em uma vigilia na igreja que ela frequenta. Nesse dia, ela disse que me esperaria no primeiro vagão, eu, brilhantemente, não sabia qual era o primeiro vagão, então fiquei esperando no último. Logo, quando o trem chegou, fui obrigado a correr “feito louco” enquanto ela segurava a porta, algo parecido aconteceu na semana de Psicologia, até hoje lembro a fala da Bruna: “Como alguém com uma interpretação de texto perfeita, não sabe que o vagão da frente é o do maquinista! ( Coisas da vida, Karen e Bruna, coisas da vida!).

Em relação ao grupo, o primeiro trabalho que fizemos juntos foi o de Psicologia social, nesse trabalho ela se aproximou mias da Bruna (ambas Cristãs) e logo se aproximou da Tamires e consequentemente da Dominique ( Inseparável amiga da Tamires). Diria, que assim que saiu a Tuanny (desistiu), a Karen entrou pra valer no grupo.

5 - A reunião -

Conforme tudo que contei, no terceiro semestre teríamos nosso primeiro estágio, o de Avaliação Psicológica I, e logo combinamos durante as férias de fazermos juntos, fomos no mesmo dia fazer a matrícula e acabou dando tudo certo. A partir desse estágio também começamos a fazer os trabalhos de sala juntos, lembro até hoje do trabalho monstro de Psicologia Social 2 e eu fazendo a cabeça delas pra pegar o tema do Basaglia, inclusive esse foi o último trabalho do lendário Fabio Lopes, na nossa sala.

6 - Histórias, Histórias e Histórias

A partir do terceiro semestre até o último em sala de aula ficamos juntos, sem nenhuma briga grave, sem desistências ou rachaduras, acabamos sendo o único grupo a permanecer juntos desde, praticamente, o começo até o final (agora não haverão mais grupos, só duplas e supervisões).

Posso lembrar de todos os trabalhos e visitas técnicas

Os estágios de avaliação - A Karen se matando com o Wisc, a Bruna aplicando o HTP , minha mão de “pare” (elas não me fazem esquecer) no Raven e a tensão do PMK.

O estágio de AEC 2 - As meninas desesperadas e eu com o fone ouvindo música antes de dar a devolutiva para a paciente.

Os trabalhos de Psicopatologia- Quem não se lembra de quando fui com dois tênis de pares diferentes na visita à Santa Casa ( também não me fazem esquecer)? Os seminários e a visita ao CECCO - Menção especial à Maria Lucimar - Diva absoluta da Cruzeiro - que praticamente nos ajudou no nosso percurso e, assim como a Psicóloga Tânia, nos recebeu super bem.

O trabalho de Psicologia Comunitária - A Bruna e a Karen não estavam, pois eu, Dominique e a Tamires resolvemos fazer a disciplina na Liberdade, mas nunca vou esquecer do quanto nos superamos, além do fato de fazermos amigos novos: “Allan e Elizabeth”.

E claro os trabalhos desse oitavo semestre, o mais temido, o mais cansativo, destruímos nos trabalhos!! (Bagaceiras, conforme a Dominique, mas os professores gostaram e elogiaram, isso que importa). Não vou esquecer da Bruna: “Eu vou trancar essa matéria, estou atrapalhando vocês, não sei o que estou fazendo!” FECHOU COM DEZ! DEZ! DEZ! E SÓ CHOROU!

Claro que não só houve trabalhos, teve visitas ao psicodrama - eu fazendo drama que o ziper da minha bolsa quebrou e minha mãe é costureira. Teve as feiras do livro, que viraram tradição, os passeios, os cafés, as exposições, a Bruna me dando bronca e me zoando ( eternamente), eu pilhando o grupo (porque é preciso às vezes, e tenho dito!), as vezes que nos perdemos nas visitas técnicas, a Dominique sempre calma, vou parar por aqui, pois quero fazer outras coisas nas férias além de escrever esse texto.

De qualquer forma... sou grato pelas piadas, pela disposição de todos, pela ajuda mutua, pela compreensão, pelas histórias, pelos choros, seja meu ou da Bruna ( os mais desesperados do grupo), e principalmente, pela amizade de todas vocês.

Afinal, que nem disse Vinicius de Moraes, “a gente não faz amigos, reconhece-os.” E esse texto é sobre como RECONHECI VOCÊS!

Renan Souza