À querida cidade de Santo Antônio da Alegria

Ó, cidade amada! que antes me viu pisando em seu solo, na primeira infância me desenhei transitando na sua natureza.

Em cachoeiras me banhei, nas árvores frutíferas subi, extraindo frutos, que degustei.

Bebi da sua água, subi com meus próprios pés em suas serras e montanhas, respirei o ar que vive do transitar por entre suas fortalezas montanhosas, como dantes os caixeiros viajantes em seu povoado.

Cresci de corpo, antes, com os conterrâneos de tenra idade, nos permitiu beber da cultura que nossos mestres nos davam de bandeja, educação de ponta que nos agraciou que recebêssemos no final da grande era.

Agora na maturidade, depois das idas e vindas do destino, ainda me aceitas acolhendo-me em seus braços, estes que buscam a coesão, como os da mãe.

Aceita meu jeito indefinido, essa que não é nem o ontem e nem o futuro, caminha sobre duas rodas, e do rastejar as pernas num andador, buscando ser formada, quem sabe um dia, na arte do Ser natural.

Enquanto nisto não me alcanço, e aí estando, Tu ainda me permite alojar Eu dentro d´eu, confortavelmente. Como árvore, me serves de Ti mesma, esta ave sem ninho, que tem a gana de incluir o mundo dentro, e assim me regozijo no meu estar.

Nunca deixarei de beber de sua água, respirar seu ar, de banhar m`alma no Sol no final do dia em seu aconchego.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 13/06/2018
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