Ao Meu Mestre

Têm dias que a sala é uma fuga da realidade;

Têm dias que escolhemos fugir das dificuldades;

E nesta vida, que é uma constante tempestade;

De idas e chegadas; hoje tivemos que nos despedir;

E deixar o amigo de Sausse seguir...

Por um caminho que ninguém sabe;

Por um caminho que ninguém conhece;

O desejo clama e resplandece;

O corpo não obedece e não amadurece;

Ficar sem você ninguém merece.

Eu nem sabia o que era um linguista;

E logo quis virá protagonista;

Encontrei nessa cadeira;

A melhor maneira;

De deixar a estranheza;

Virá beleza em meras palavras.

Hoje vou escrever sobre o professor gozado;

O mesmo que parece um et adaptado;

Um ser engraçado e determinado;

O que foi desafiado a nos ensinar;

A conhecer e valorizar;

A nossa rica maneira de falar.

Para o nosso coração trouxe;

O tal estudioso Sausse;

O que gerou sonhos;

Um pouco enfadonhos;

Para num dizer medonhos.

Quando aqui chegamos;

Quase que choramos;

Ao ouvir falar do Adilio temível;

Que na verdade é só um incrível;

Erudito mal compreendido.

Numa noite fria e no silencio ;

De uma sala vazia;

Num cenário meio fictício;

A tristeza estava no seu olhar;

E todos a te abraçar.

Tinha tanto para falar;

Mas só conseguir te abraçar;

Sentir a minha alma calar;

Os nossos olhares a se encontrar;

A discípula com vontade de chorar;

Ao deixar o melhor mestre;

Do semestre,ali a seguir...

BranquelaAquarela
Enviado por BranquelaAquarela em 04/07/2018
Reeditado em 04/07/2018
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