ESCOLA JULIETA LOPES DE ALBUQUERQUE

J – Jovem lavadeira de cor clara e olhos arredondados...

U – Uma aripuanense criada em barracão, porto de lenha

L – Levada pela esperança e pelo sonho da prosperidade...

I – Indesistível! Deixou o Jacaretinga e singrou para a Foz

E – Enlevada pelo inefável desejo, da tão arisca felicidade

T – Trazia em suas mãos a força! Mas também a bonança

A – A ela seu único varão, tecia inexorável amor e confiança

L – Longura de dias?! À Julieta – O Altíssimo não concedeu

O – O relógio da vida, aos trinta e seis, estagnou...feneceu!

P – Papai do Céu então, precisou levá-la para o átrio celeste

E – E em lágrimas d’ orfandade uma criança, sofre, padece

S – Segue-se então a oblíqua senda, d’ seu impar destino...

D – Deus reservara algo mui grandioso, para aquele menino

E – E o que ele determina, ninguém impede de ser feito...

A – Assim então sucedeu, o filho d’ lavadeira tornou-se prefeito

L – Leal ao seu torrão e mais ainda, à memória d’ sua matriarca

B – Batalhou! Até homenageá-la com o nome duma escola linda

U – Uno e belo gesto, onde o jardim da sapiência jamais finda

Q – Quantos aripuanenses!? Beberam e hão de beber desta

U – Universal fonte do saber. Daqui para os portais do mundo...

E – Ergueram-se professores, médicos, enfermeiros e advogados

R – Reverberando assim, o sustentáculo d’ teus filhos amados

Q – Quão prospero!? É ornar sua prole com o colar da sabedoria

U – Único tesouro, à vencer as correntezas desta árdua vida...

E – Escola Julieta! Hoje por todos nós, és eterna e mui querida.

( By Fábio Ribeiro - Manaus Nov/2018)